Circuito alternativo
Desde que Walt Disney abriu o Magic Kingdom, em 1971, Orlando nunca mais foi a mesma. Falar desta cidade do interior da Flórida virou sinônimo de falar de parque. São dez principais, alguns menores e outros que ficam em municípios próximos.
Mas a cidade tem também vida fora dos parques, com boas opções para os indispensáveis dias de descanso em meio à maratona de montanhas-russas, simuladores e personagens.
“Orlando tem diversos espetáculos permanentes, como o Blue Man Group e o Cirque du Soleil, com preços mais acessíveis que as apresentações brasileiras, além dos espetáculos esportivos, como basquete e beisebol”, diz Lucinda Leria, que acaba de voltar de uma viagem com o marido, Luiz Sanches. O roteiro incluiu tudo, menos parques.
I-Drive 360
Localizado na principal avenida turística da cidade, a International Drive, o complexo de lazer I-Drive 360 foi inaugurado em 2015. O ponto focal é a roda-gigante Orlando Eye (officialorlandoeye.com), com 122 metros de altura. Cada volta completa dura cerca de 20 minutos e proporciona, à medida que se ganha altura, belas vistas da cidade: o Epcot, o Volcano Bay e o SeaWorld (um pouco longe, é verdade). Na cabine, um mapa aponta o que se vê no entorno. Como o brinquedo é patrocinado pela Coca-Cola, o ingresso (desde US$ 25) inclui refrigerantes da marca na cabine.
Museu de cera e aquário
O I-Drive 360 tem ainda outros destaques: o museu de cera Madame Tussauds e o aquário SeaLife. O ingresso combinado para as três atrações (inclusive a Orlando Eye) custa US$ 49 para adultos e US$ 44 para crianças. Site: i-drive360.com.
Mais famoso museu de cera do mundo, o Madame Tussauds (madametussauds.com/orlando; ingresso individual a US$ 25) mostra réplicas de personalidades da política, da ciência, do esporte, das telas e da música. Um programa que rende encontros – e selfies – divertidos.
Passei reto por David Beckham e fui direto colocar as luvas para posar ao lado de Muhammad Ali. Também dei aquela paradinha para paparicar o ator Neil Pat rickH ar ris( oBarneyd eH ow IM etYo ur Mother ). Masa réplica de cera que mais me impressionou foi ad eS teveJobs.
Neymar Jr é uma das estátuas mais novas em Orlando. Sozinho, ocupa uma área que simula um campo de futebol.
Enquanto isso, o Sea Life Aquarium (visitsealife.com/orlando; individual a US$ 20) impressiona pela vida real submersa. As paredes lembram as de uma caverna e os vidros atravessam mais de um ambiente – o ponto alto é caminhar por um tubo todo transparente, com peixes e tubarões nos rodeando por todos os lados: embaixo, em cima enas laterais.
Mundo de giz de cera
Brincadeiras que dispensam o aparato tecnológico e apostam na simplicidade ainda têm vez em Orlando. Colorir, por exemplo, nunca sai de moda. O Crayola Experience é o espaço interativo da marca de giz de cera, fundada no início do século 20. Logo na entrada, os visitantes recebem uma sacolinha para guardar seus projetos criativos e duas moedas, que serão usadas em atrações.
Na primeira, máquinas fabricam gizes de cera personalizados, naco recomo nome que você quiser – as instruções aparecem também em português. Basta colocar amoeda, escolher o queque rescrever e depois prensara etiqueta no seu giz. Foi assim que fiz um giz azul que trazia, na etiqueta, o nome Viagem Estadão. A segunda moeda é usada para pegar material de desenho em outra máquina, num espaço para pintar e desenhar.
F aleiem dispensara tecnologia, certo? Mas nãoé exatamente assim. No Crayola Experience você consegue projetar seu desenho em uma tela que atribui movimento aos traços. Ou ainda escolher cenários no computador, projetar seu rosto e depois imprimi recolorir asi mesmo.
O ingressona porta custa US $23, ou US $20 nosite (crayolaexperience.com/orlando), evale para o dia inteiro, para quantas entradas você quiser.
De cabeça para baixo
Não era coisada nossa cabeça: acasa estava, de fato, de ponta-cabeça na International Drive. WonderWorks, a tal casa invertida, é uma atração que aposta em curiosidades científicas misturadas com aventura.
Tudo começa num túnel onde as paredes giram a ponto de abalar o seu equilíbrio. A história toda se passa num laboratório secreto no Triângulo das Bermudas. Há ambientes que simulam o terremoto de magnitude de 5.3 na escala Richter que abalou a Califórnia em 1989, e aventa ni ade um furacão a 119 quilômetros por hora.
No andar superior, uma cama de pregos para você deitar e ver o que acontece – eu fui e estou aqui, vivinha – e aparelhos que testam (e explicam) sua força, sensibilidade, coordenação motora e reflexos. Ingressos desde US$ 32 para adultos e US$ 26 para crianças: wonderworksonline.com/orlando.
Downtown Orlando
A área de Downtown Orlando, onde vivem cerca de 200 mil habitante (a população total da cidade é de 2 milhões), vem reagindo ao esquecimento e se encheu de boas opções. É uma região mais cosmopolita e voltada a negócios. “Muitos empreendimentos vieram para cá nos últimos anos”, conta Leo Salazar, gerente de relações públicas para a América Latina do Visit Orlando e nosso guia durante a maior parte dos dias na cidade.
É uma área com parques – não os temáticos, mas os públicos – ao ar livre. O Lake Eola Park é o maior deles. À noite, sua fonte fica iluminada e, aos domingos, ocorre ali uma feira de produtores, das 10 às 16 horas.
As opções gastronômicas são outro atrativo de Downtown. Na área do Mills 50 District, entre uma variedade de asiáticos, escolhemos o Mamak Asian Street Food, um restaurante de culinária malaia onde pedi um char kway teow, prato popular com arroz frito, camarão, frango, ovo, broto de feijão e cebolinha. Custou US$ 9,50: mamakasianorlando.com.
Na Church Street está a primeira estação de trem da região, do fim do século 19, restaurantes e a Amway Center Arena, que recebe shows musicais (Katy Perry e Santana estão programados para outubro) e jogos do time de basquete Orlando Magic. Veja em amwaycenter.com. Quase ao lado está o Dr. Phillips Center, casa de ópera e shows nova em folha: drphillipscenter.org.