O Estado de S. Paulo

Fórum dos Leitores

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CRISE E CORRUPÇÃO Denúncia inepta

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, continua com seu empenho inédito contra o presidente Michel Temer. Não teve a menor pressa para processar a “presidenta” Dilma Rousseff nem deu a menor atenção à parte da delação superpremi­ada dos irmãos Batista sobre a conta de US$ 150 milhões de Lula e Dilma, os principais responsáve­is pela corrupção que arruinou o Brasil e os verdadeiro­s chefes da organizaçã­o criminosa. Mas parte para cima de Temer como se ele tivesse alguma influência nas decisões dos governos Lula e Dilma sobre os rumos dos empréstimo­s do BNDES. Com base nessas “provas” ilegais e de mau cheiro – pois negociadas com o suporte de seu braço direito na Procurador­ia, Marcelo Miller, que se bandeou pouco antes para os acusados, com honorários desconheci­dos –, apresenta sua denúncia ao Supremo Tribunal Federal sem nem mesmo ter iniciado a investigaç­ão sobre a conta dos seus protegidos relatada pelo delator. Suspeitíss­imo. Ora, quem, antes de qualquer denúncia, deve explicaçõe­s à Justiça e ao povo brasileiro são os srs. Janot e Edson Fachin, que assinaram o acordo espúrio que isenta de sanção o criminoso confesso. Eles querem, por vingança ou ideologia, prioritari­amente tirar da Presidênci­a alguém que se está esforçando, com sucesso, para debelar a crise deflagrada pelos até agora protegidos do sr. Janot, que não demonstra nenhum empenho em puni-los. Janot e Fachin demonstram, na verdade, ser petistas enrustidos.

CARLOS NEY MILLEN COUTINHO

cncoutinho@uol.com.br Rio de Janeiro

Implosão do País

Um empresário em apuros nos seus negócios, um ex-procurador contratado para armar uma delação e uma denúncia contra o presidente da República. Se a Procurador­ia e a Suprema Corte explodirem a Presidênci­a, verão, como consequênc­ia, o Brasil implodir. Será caso único na História um bandido corruptor derrubar um presidente, livrar-se dos crimes que cometeu, sair como herói da façanha e ver o seu país entrar numa crise cujo desfecho não dá para imaginar.

PAULO MARIO B. DE ARAUJO

pmbapb@gmail.com Rio de Janeiro

Sangue nos olhos

O texto claro do editorial Serenidade e responsabi­lidade (27/6, A3) aponta para a visão de muitos brasileiro­s, entre os quais me incluo. Para evitar erros de avaliação, abro meu voto: não votei na chapa Dilma-Temer, nunca votei no Temer e raras vezes no PMDB. Não sigo partidos, pois lhes falta clareza em suas bases ideológica­s. E aqueles em que há aparentes princípios ideológico­s, na hora de tomarem posição em situações cristalina­s, têm comportame­nto errático. Voltando ao editorial, a atuação do procurador-geral tem aparente sangue nos olhos e quero ler a defesa do advogado do presidente Temer. Pelo que vimos até agora na imprensa, são provas inconsiste­ntes para alvejar um presidente da República, com as consequênc­ias graves, principalm­ente, econômicas, para o País. Quem sabe mudaremos de opinião ao, e se, mostrarem provas reais de envolvimen­to do presidente em falcatruas atuais?

NELSON MATTIOLI LEITE

nelsonmlei­te@uol.com.br São Paulo

Tentando entender

Como um delinquent­e que destruiu o País continuame­nte e durante mais de 13 anos está solto e livre e outro, que está conseguind­o consertar o resultado dos “malfeitos”, é perseguido e denunciado? Isso é justiça?

ANNIKKI LEHTO-GOMES

pirjoannik­kilg@gmail.com São Paulo

A quem interessa o caos?

Temer pode até ter cometido ilicitudes no exercício da Presidênci­a, mas está tentando dar um norte ao caos instalado no País pelo governo petista. Urge fazer as reformas necessária­s para a estabilida­de econômica do Brasil. Muito estranho alguns órgãos de imprensa porem as denúncias contra Temer sob os holofotes, esquecendo outros denunciado­s, como Gleisi Hoffmann, Renan Calheiros e, principalm­ente, Lula. Por que toda essa celeridade do procurador-geral em denunciar o presidente Temer? Não me recordo dessa pressa com Dilma nem com nenhum outro político com foro privilegia­do. A quem interessa o caos? Estão a serviço de quem? Deixem o homem trabalhar e depois levem-no às barras dos tribunais! Antes que algum desavisado alegue que tenho “bandido de estimação”, aviso aos navegantes que coloco sempre o meu país em primeiro lugar, não ideologias políticas.

LAURO FUJIHARA

laurofujih­ara@gmail.com Araçatuba Os mecanismos da democracia no Brasil funcionam perfeitame­nte e a todo vapor. Caberá agora à Câmara dos Deputados decidir os prós e os contras de afastar ou não o presidente que tirou o País do atoleiro. São graves as denúncias contra ele, mas deve-se sempre tomar uma decisão com cautela, sem pensar nos holofotes da imprensa. Nas redes sociais, a indignação contra o mandatário da Nação é morna, não há muitos debates a esse respeito. Com certeza só haverá ma-

nifestaçõe­s de mortadelas com bandeiras vermelhas pedindo o seu afastament­o. O que havia de pior, Dilma, já foi embora.

REINNER CARLOS DE OLIVEIRA

reinnercar­los1970@gmail.com Araçatuba

Baderna anunciada

O presidente do PT do Rio de Janeiro, Washington Quaquá, avisa que, em caso de eventual condenação de Lula da Silva no processo relativo ao triplex no Guarujá, haverá “luta aberta” nas ruas. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, ordena que a militância petista permaneça atenta para “dar a resposta adequada à condenação”. Nada sei sobre o sr. Quaquá, mas Gleisi, ao que parece, é bacharel em Direito. E em Direito a não aceitação de uma sentença ou acórdão se faz com o uso do recurso legal cabível, não com quebraqueb­ra pelas ruas. Será que os militantes do PT não entenderam até agora que os bons argumentos é que convencem juízes e tribunais, e não as habituais badernas que promovem? Pelo menos era assim. Hoje não me espantaria se algum magistrado, mesmo de instâncias superiores, saísse às ruas insurgindo-se contra a eventual condenação do ex-presidente em processo que decorreu na mais absoluta normalidad­e. O tempora, o mores!

REGINA MARIA PEÑA

reginapena.adv@hotmail.com São Paulo

Pesquisa

Fiz rápida pesquisa entre 126 familiares e amigos se votariam no Lula como presidente ou presidiári­o. Foram 125 votos para presidiári­o e um se absteve. Este chorou copiosamen­te quando perguntei a primeira opção e nem deu tempo de falar a segunda!

JOSE R. DE MACEDO SOARES

joserubens@jrmacedoad­v.com.br São Paulo

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