Mobilização menor
Greve geral deve ter foco maior em SP, Brasília e Rio
Além de contar com a adesão de um número menor de categorias, a greve geral marcada para acontecer na sexta-feira deve ficar restrita a algumas poucas capitais. Segundo os sindicalistas, principais responsáveis pela coordenação do movimento, os protestos estarão centralizados nas principais cidades do País, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Já como um sinal do menor engajamento, desde o início da semana as centrais sindicais baixaram o tom da convocação dos trabalhadores, passando a chamar a manifestação de “dia de mobilizações e de paralisações”.
Segundo os representantes sindicais, a principal razão para a baixa articulação é, até agora, a falta de consenso entre uma parte que defende uma pauta de reivindicações anti-Temer e os que buscam se ater a protestos contra as propostas de reforma trabalhista e da Previdência, repetindo o mote para a paralisação geral de 28 de abril, considerada bem-sucedida.
Por enquanto, em São Paulo, apenas os metroviários e o sindicato dos bancários decidiram aderir à greve. Os bancários, por sinal, ainda não divulgaram as praças que, além de São Paulo, devem integrar o movimento. Segundo os sindicalistas, a categoria ainda prepara assembleias pelo País e, até quinta-feira, deverá fechar questão sobre o assunto.
Os professores de São Paulo, tanto os de escolas particulares quanto os das públicas, já estão convocados para a greve. No entanto, com a proximidade das férias escolares, que têm início no começo de julho na maioria das escolas, a percepção dos próprios sindicalistas é de que a categoria chegará desmobilizada ao evento de sexta. O sindicato de motoristas de ônibus de São Paulo descartou a paralisação. Eles fazem parte da União Geral dos Trabalhadores (UGT), central que, a exemplo da Força Sindical, reforça o coro pela mobilização em vez de uma greve geral.
Brasília. No Distrito Federal, a mobilização nacional das centrais sindicais conseguiu atrair a adesão de diversas classes de trabalhadores. O Sindicato dos Bancários de Brasília vai parar, além do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).
Por meio de sua assessoria de comunicação, o governo do Distrito Federal informou que vai cortar o ponto dos servidores que participarem de greves e paralisações. A Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF) confirmou que “o esquema de segurança ainda está sendo produzido” para lidar com as manifestações na capital federal.