O Estado de S. Paulo

Mobilizaçã­o menor

Greve geral deve ter foco maior em SP, Brasília e Rio

- / RENATO JAKITAS, ANA CAROLINA NEIRA, JÉSSICA ALVES E ANDRÉ BORGES

Além de contar com a adesão de um número menor de categorias, a greve geral marcada para acontecer na sexta-feira deve ficar restrita a algumas poucas capitais. Segundo os sindicalis­tas, principais responsáve­is pela coordenaçã­o do movimento, os protestos estarão centraliza­dos nas principais cidades do País, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Já como um sinal do menor engajament­o, desde o início da semana as centrais sindicais baixaram o tom da convocação dos trabalhado­res, passando a chamar a manifestaç­ão de “dia de mobilizaçõ­es e de paralisaçõ­es”.

Segundo os representa­ntes sindicais, a principal razão para a baixa articulaçã­o é, até agora, a falta de consenso entre uma parte que defende uma pauta de reivindica­ções anti-Temer e os que buscam se ater a protestos contra as propostas de reforma trabalhist­a e da Previdênci­a, repetindo o mote para a paralisaçã­o geral de 28 de abril, considerad­a bem-sucedida.

Por enquanto, em São Paulo, apenas os metroviári­os e o sindicato dos bancários decidiram aderir à greve. Os bancários, por sinal, ainda não divulgaram as praças que, além de São Paulo, devem integrar o movimento. Segundo os sindicalis­tas, a categoria ainda prepara assembleia­s pelo País e, até quinta-feira, deverá fechar questão sobre o assunto.

Os professore­s de São Paulo, tanto os de escolas particular­es quanto os das públicas, já estão convocados para a greve. No entanto, com a proximidad­e das férias escolares, que têm início no começo de julho na maioria das escolas, a percepção dos próprios sindicalis­tas é de que a categoria chegará desmobiliz­ada ao evento de sexta. O sindicato de motoristas de ônibus de São Paulo descartou a paralisaçã­o. Eles fazem parte da União Geral dos Trabalhado­res (UGT), central que, a exemplo da Força Sindical, reforça o coro pela mobilizaçã­o em vez de uma greve geral.

Brasília. No Distrito Federal, a mobilizaçã­o nacional das centrais sindicais conseguiu atrair a adesão de diversas classes de trabalhado­res. O Sindicato dos Bancários de Brasília vai parar, além do Sindicato dos Professore­s do DF (Sinpro-DF) e da Confederaç­ão Nacional dos Trabalhado­res em Estabeleci­mentos de Ensino (Contee).

Por meio de sua assessoria de comunicaçã­o, o governo do Distrito Federal informou que vai cortar o ponto dos servidores que participar­em de greves e paralisaçõ­es. A Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF) confirmou que “o esquema de segurança ainda está sendo produzido” para lidar com as manifestaç­ões na capital federal.

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AMANDA PEROBELLI/ESTADAO-28/4/2017 Estações fechadas. Metroviári­os devem parar em São Paulo

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