Eletropaulo vai elevar tarifas em 4,48% a partir de julho
As tarifas da Eletropaulo vão subir 4,48% em média a partir de 4 de julho. Para consumidores conectados à alta tensão, como indústrias, o aumento será de 2,37%, e aqueles ligados na baixa tensão, como residenciais, a alta será de 5,37%. As novas tarifas vigoram a partir de 4 de ju- lho e valem para 6,9 milhões de unidades consumidoras em São Paulo e Região Metropolitana, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Uma das razões que explicam o reajuste tarifário da Eletropaulo é o aumento dos custos de transmissão de energia, um dos componentes da tarifa, que inclui geração, distribuição, encargos setoriais e impostos. Do efeito médio de 4,48%, a transmissão contribuiu com 7,11%, o que mostra que os custos dos outros itens caíram ou se mantiveram em patamares mais baixos.
Por ter efeitos na capital paulista, o reajuste da Eletropaulo é um dos que mais influencia o índice oficial de inflação, o IPCA. De acordo com o economista Leonardo França Costa, da Rosenberg Associados, o impacto desse aumento será de 0,05 ponto porcentual, a ser dividido entre as taxas de julho e agosto. “Se a elevação for repassada inteiramente ao consumidor, deve causar um aumento de 1,58% no item energia elétrica residencial, com impacto de 0,05 ponto porcentual no IPCA”, afirmou o economista. Apesar disso, a Rosenberg manteve a estimativa de que a inflação deve encerrar o ano em 3,50%.
As transmissoras também tiveram as tarifas reajustadas para os próximos 12 meses. A partir de 1.º de julho, as receitas de nove das principais empresas do País ficarão 74,74% mais altas. Juntas, elas terão uma receita anual permitida (RAP) de R$ 23,736 bilhões. O aumento vale para CEEE-GT, Celg-GT, Cemig-GT, Copel-GT, CTEEP, Eletronorte, Eletrosul, Furnas e Chesf.
De acordo com o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, esse aumento de 74,74% deve ter um impacto médio de 7,15 pontos porcentuais na tarifa, dependendo da concessionária.