O Estado de S. Paulo

Fórum dos Leitores

- CRISE E CORRUPÇÃO Mudança de tática

Fez muito bem o presidente Michel Temer em partir para o ataque. Jogando na defesa, o time de Temer, que está em campo com as camisas amarelas, corria sério risco de tomar um gol dos que jogam com camisas vermelhas, capitanead­os por Rodrigo Janot, que agora resolveu entrar na partida. Este jogador, desde sua escalação, no governo Dilma Rousseff, vem fazendo corpo mole e decepciona­ndo a sua torcida. Temer sabe que partir para o ataque é a única maneira de vencer o jogo, haja vista que seu técnico Antônio Mariz desafiou Janot a provar a propina da JBS para Temer. O presidente sabe que se o jogo chegasse ao Senado ninguém teria dúvida para que lado Renan Calheiros chutaria. Fora desse jogo, Lulla, que em toda a sua carreira atuou pelo time de vermelho, em entrevista à Rádio Itatiaia, de Minas Gerais, pregou a saída de Temer e eleições diretas já. Como se sabe, Lulla, que segundo o Datafolha é forte candidato a substituir Temer, é réu em cinco ações penais por corrupção, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.

JOSÉ CARLOS DEGASPARE

degaspare@uol.com.br São Paulo

Acossado

Fraquíssim­as, sem nenhuma prova cabal, as denúncias de Janot contra Temer deveriam ser arquivadas pela Justiça, antes que provoquem maior desgaste – não para Temer, mas para a Procurador­ia-Geral da República. Por muito menos juízes de segunda instância absolveram João Vaccari Neto, que carrega nas costas dezenas de acusações em delações premiadas. Delações não são provas, dizem esses juízes. E por acaso o seriam gravações de péssima qualidade, com frases incompleta­s, sem se saber em que contexto? Suposições, e não provas, de que a mala de dinheiro iria passar das mãos de Loures para Temer, acusação de corrupção passiva e, enfim, uma pressa jamais vista em coagir um presidente da República, aguardando como certa sua renúncia ou impeachmen­t – por que todo esse empenho em acossar Temer? Há algo de muito estranho a ser explicado. Vejamos: como se explica o fato real, não suposição, de um criminoso como Joesley Batista não ter passado um dia sequer na prisão e gozar de total liberdade, mundo afora, depois de ter praticado centenas de iniquidade­s e crimes, com a anuência e o apoio de autoridade­s? Como se explica a gravação para armar uma “pegadinha” de quinta categoria contra Temer? Justiça que se diz proba e digna exige provas. Mas o que se viu até agora foram grupos políticos, parte da imprensa e a oposição desesperad­os para derrubar o presidente. Isso explica, no meu entender, o silêncio das ruas. REGINA ULHÔA CINTRA

reginaulho­a13@outlook.com São Paulo

Traição

Não acredito que o sr. Joesley, dono de fortuna incalculáv­el, tenha feito uso de um aparelho de péssima qualidade para gravar clandestin­amente o nosso presidente Temer. Parece-me que as 180 paralisaçõ­es ocorreram com o delator estando nas mesmas condições de uma pessoa que gagueja quando conta uma mentira. Esperem para ver a realidade dessa desastrosa traição.

EDUARDO MÓDOLO

eduardomod­olo@yahoo.com.br Cerquilho

Delação esquisita

Vimos várias pessoas envolvidas em delações premiadas que demoraram mais de um ano para concluir o acordo, como no caso de Marcelo Odebrecht. Porém no episódio da JBS o acerto saiu rapidinho. E, muito esquisito, um procurador que trabalhou próximo de Janot saiu da Procurador­ia dois meses antes do acordo de delação e foi trabalhar na JBS. Eu não sei se Temer é desonesto ou não, mas que essa acusação nasceu de forma muito estranha, disso eu não tenho nenhuma dúvida.

ALDO BERTOLUCCI

aldobertol­ucci@gmail.com São Paulo

Conspiraçã­o

Está claro que o presidente Michel Temer está sendo vítima de uma armação. Certamente, além dos Batistas, outros peixes grandes estão envolvidos no esquema que está desestabil­izando ainda mais o nosso país.

JOSÉ ROBERTO IGLESIAS

rzeiglesia­s@gmail.com São Paulo

Os homens do ex

Lula conta com uma tropa poderosa na sua tentativa de volta ao poder. Alguns membros são misterioso­s e outros já mostraram a cara, como os irmãos da JBS e o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal. Os primeiros, impunes, prestaram serviços de gratidão para derrubar Michel Temer, numa típica ação de vendeta entre famílias mafiosas. E o ministro, petista de carteirinh­a, a cada semana vai livrando Lula do juiz Sergio Moro, passando os processos da Lava Jato que recaem sobre o ex para a Justiça Federal do Distrito Federal e de São Paulo. Parece que o responsáve­l por esta crise econômica histórica, pela corrupção institucio­nalizada e por milhões de trabalhado­res desemprega­dos só será julgado mesmo por Deus. Ou por Lúcifer.

ARI GIORGI

arigiorgi@hotmail.com São Paulo

Desalento

O ministro Fachin está dando muito na vista como defensor lulopetist­a. O povo está calado, sem esperança de justiça, descrente. Janot e Fachin são péssimos exemplos no âmbito do STF, embora, claro, atuando em diferentes funções. Deixem o juiz Sergio Moro trabalhar em paz na moralizaçã­o do País!

VILMA FREDIANI S. MOURA

vilma.frediani.moura@terra.com.br São Paulo

Mortadelas em ação

Num Brasil em crise, com mais de 14 milhões de desemprega­dos e a Previdênci­a em crescente déficit, carece de bom senso e responsabi­lidade a greve prevista para amanhã contra as imprescind­íveis reformas previdenci­ária e trabalhist­a. Que os sindicatos respeitem o sagrado direito de ir e vir de quem quer e precisa trabalhar ou transitar. HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES

hs-soares@uol.com.br Vila Velha (ES)

Um começo

Sentido o desgaste, o nobre senador Renan Calheiros entregou o cargo de líder do PMDB. Essa é, sem dúvida, uma boa notícia. Melhor seria se, ato contínuo, agregasse a renúncia ao Senado. Alguns ilustres da mesma Casa deveriam acompanhá-lo.

JOSÉ PERIN GARCIA

jperin@uol.com.br Santo André

Corda para enforcado

Renan sinaliza apoio a Lula em Alagoas. Em matemática, menos com menos dá mais; em política, dá votos?

LUIZ RESS ERDEI

gzero@zipmail.com.br Osasco

“Então, o Lula agora pede renúncia do Temer? Pimenta nos olhos dos outros é refresco, né não, ‘cara’?”

ANGELO TONELLI / SÃO PAULO, SOBRE A CONSPIRAÇíO CONTRA O BRASIL E AS REFORMAS angelotone­lli@yahoo.com.br

“Comparada à invasão da Normandia, no final da 2.ª Guerra, a prisão de Lula será o dia D para a libertação do Brasil da corrupção que o asfixia. Avante, Moro!”

ROBERTO TWIASCHOR / SÃO PAULO, SOBRE A ESPERANÇA DE DIAS MELHORES PARA O BRASIL rtwiaschor@uol.com.br

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