Aécio pede autorização à Corte para falar com irmã
A defesa do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) pediu ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o tucano possa manter contato com sua irmã, Andrea Neves, que está cumprindo prisão domiciliar conforme decisão da Primeira Turma.
Os advogados de Aécio alegam que ele e sua irmã “objetivam, apenas, compartilhar laços familiares, de forma que proibir qualquer contato entre eles é desumano”.
A defesa também afirma que a “proibição de os irmãos se comunicarem, especialmente no atual estágio do feito, além de não se mostrar mais necessária, termina por violar direito natural do contato familiar”. O relator do caso no STF é ministro Marco Aurélio Mello.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou, em denúncia oferecida ao STF, que seja aplicada uma multa de R$ 6 milhões ao senador afastado e sua irmã por danos morais e materiais. Na denúncia, Aécio e Andrea são acusados de corrupção passiva. O tucano também foi denunciado por obstrução da Justiça.
Segundo Janot, Aécio usou o cargo de senador para solicitar “recebimento de vantagem indevida de R$ 2 milhões” e o empresário Joesley Batista, dono da JBS, teria um “histórico de pagamento de vantagens indevidas” ao tucano. Aécio nega as acusações.
A defesa de Aécio ainda informou ontem ao STF que vai fechar seu escritório político em Belo Horizonte. A nota do senador afastado afirma que a medida se deve a “suspensão do exercício das funções parlamentares”, além do “corte do ressarcimento de suas despesas” imposto pelo próprio Senado.