O Estado de S. Paulo

Ídolos do clube confiam na recuperaçã­o

- Paulo Favero

A situação delicada do São Paulo no Brasileirã­o preocupa os torcedores, pela proximidad­e do time à zona de rebaixamen­to, mas ex-jogadores e ídolos do clube acham que é possível a equipe sair dessa incômoda situação. A dica é trabalhar ainda mais forte para que a vitória, que não ocorre há cinco partidas, volte a dar as caras no Morumbi.

O ex-zagueiro Oscar foi campeão brasileiro em 1986 e ganhou quatro vezes o Campeonato Paulista pelo tricolor. Ele conta que já passou por uma situação dessas na carreira. “Na minha época eu tive uma fase assim. Estávamos em situação ruim no campeonato e precisávam­os fazer 11 pontos em seis jogos, sendo que a vitória naquela época valia dois pontos apenas, e não três como agora. Ou seja, eram 11 pontos de 12 possíveis. O time se uniu e conseguimo­s a classifica­ção”, recorda.

“Não posso julgar porque estou longe, então não quero dar um palpite errado. Não tem um culpado, não existe uma fórmula que vai te fazer vencer. É preciso lutar que daqui a pouco a vitória vem. Tem de ter a cabeça fria e não pode se desesperar em um momento desses porque aí piora. No desespero, se toma gol fica sem forças para recuperar”, comenta.

No Campeonato Brasileiro, o São Paulo ocupa a 16.ª posição na tabela de classifica­ção, com 11 pontos em 10 partidas. Está a um ponto da zona de rebaixamen­to e faz uma campanha ruim, com três vitórias, dois empates e cinco derrotas. A sequência de cinco jogos sem conhecer a vitória deixa o ambiente no clube mais apreensivo. No domingo, o time vai encarar o Flamengo, fora de casa, com um aproveitam­ento ruim como visitante na temporada.

Ele acha que o trabalho de Rogério Ceni tem de continuar. “É difícil dirigir clube grande, a cobrança é enorme, mas se fosse outro treinador resolveria o problema? Não dá para dizer. Ele tem capacidade, pois só fez isso na vida. Aprendeu bastante na longa carreira e não sei se outro teria feito melhor.”

Para o ex-atacante Macedo, que participou da geração vitoriosa do clube na década de 1990, incluindo o bicampeona­to do Mundial e da Libertador­es. “Tudo tem jeito na vida. O que eu sinto é que tem de ter mais raça. Só a camisa não vai fazer diferença. Acho que tem de dar um algo mais e pelo que tenho visto está faltando isso”, diz.

Macedo conta que, na época em que trabalho com o técnico Telê Santana, a cobrança era enorme. “Ele falava que a gente tinha tudo, como estrutura, boas condições de trabalho, então tínhamos de jogar bola. E nós fazíamos isso. O São Paulo dá tudo para os caras e o Rogério tem de cobrar. Ele era goleiro naquela época e sabe como o Telê trabalhava”, argumenta.

Reforço.

O São Paulo oficializo­u a contrataçã­o do volante Petros. O jogador de 28 anos, que teve passagem pelo Corinthian­s entre 2014 e 2015, veio do Bétis, da Espanha, assinou vínculo até 2021 e já treina com o elenco no CT da Barra Funda.

O São Paulo investiu cerca de ¤ 2,5 milhões (R$ 9,2 milhões) por 50% dos direitos econômicos do atleta. O Corinthian­s ainda tem 25%, enquanto o empresário do jogador, Fernando Garcia, tem outros 25%.

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