O Estado de S. Paulo

Negociação da Alpargatas faz ação da JBS subir 9%

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A ação da JBS teve ontem a maior alta do Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, na esteira de dois eventos revelados na quarta-feira, após o fechamento do mercado. O primeiro foi a venda do controle da Alpargatas – que estava nas mãos do grupo J&F, dono da empresa de carnes, desde novembro de 2015. O segundo foi a liberação do acordo que repassa ativos da companhia na América do Sul à concorrent­e Minerva. Ontem, as ações ordinárias da JBS fecharam em alta de 9,39%, cotadas a R$ 7,22.

A holding J&F fechou a venda da companhia para a Itaúsa (empresa de investimen­tos do Itaú), a Cambuhy Investimen­tos e a Warrant Brasil (ambos veículos de investimen­to da família Moreira Salles). O negócio foi fechado por R$ 3,5 bilhões em dinheiro, em um momento em que o grupo de Joesley

e Wesley Batista precisa se capitaliza­r. Após acordo com o Ministério Público Federal (MPF), os empresário­s se compromete­ram a pagar uma multa de R$ 10,3 bilhões aos cofres públicos, em 25 anos.

O empresário Joesley Batista se viu no centro da atual crise política ao gravar conversas que teve com políticos como o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves. A divulgação do conteúdo dos diálogos, em 17 de maio, desestabil­izou o governo federal.

O Tribunal Regional Federal liberou a venda das operações de carne bovina da JBS da América do Sul para o Minerva, que estava embargada desde 21 de junho. O acordo de US$ 300 milhões envolve as unidades de Argentina, Paraguai e Uruguai e já teve o aval do Conselho Administra­tivo de Defesa Econômico (Cade), embora ainda em caráter preliminar.

Dívidas. Ontem, a Reuters informou que a JBS também negociaria refinancia­mento de dívida de cerca de R$ 18 bilhões. Segundo a agência, Caixa Econômica Federal, BB, Santander e Bradesco estariam tentando convencer o Itaú a aderir à operação. O acordo envolveria a dilatação de prazos em troca de um pagamento adiantado de R$ 2 bilhões e garantias extras, segundo fontes.

/ CAMILA TURTELLI, RENATO CARVALHO e REUTERS

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SERGIO NEVES/ESTADÃO - 2/9/2010 Preço. Dona da Havaianas foi vendida por R$ 3,5 bi

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