Justiça prorroga permanência de Funaro na carceragem da PF
Juiz Valliney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, atende MPF e corretor ficará por mais 5 dias
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal do Distrito Federal, atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e prorrogou por mais cinco dias a permanência do corretor Lúcio Bolonha Funaro na carceragem da Polícia Federal. A decisão foi tomada anteontem e prevê que o corretor, apontado como operador financeiro do PMDB da Câmara, fique na PF até a próxima quarta-feira.
Preso na Operação Sépsis, em julho de 2016, Funaro foi transferido para a carceragem
da Polícia Federal – antes o corretor estava detido no Complexo Penitenciário da Papuda – para poder preparar os anexos da proposta de delação que negocia com a Procuradoria-Geral
da República.
Os principais alvos do acordo são o presidente Michel Temer, os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, além do deputado cassado Eduardo Cunha, todos do PMDB. Outro alvo será o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência).
Negociação. Desde a revelação do acordo de colaboração dos executivos da JBS, na qual Funaro foi apontado pelo empresário Joesley Batista como operador financeiro do PMDB da Câmara, grupo político de Temer, o corretor voltou a negociar uma delação. Antes, Funaro havia interrompido as conversas com os investigadores por causa dos pagamentos que recebia do grupo J&F.
Nas últimas semanas, enquanto participava das audiências do processo da Operação Sépsis, na Justiça Federal de Brasília, Funaro vinha escrevendo em um computador e um caderno espiral os resumos do que entregará no acordo de colaboração. Além de detalhar sua atuação para o PMDB da Câmara, o futuro delator promete explicar sua relação com o presidente.