8 VEZES FEDERER
Suíço atropela Marin Cilic na final, conquista oitavo título do Grand Slam inglês e é o maior campeão da história do torneio mais tradicional do mundo
O suíço Roger Federer voltou a fazer história ao vencer ontem o torneio de Wimbledon pela oitava vez e se tornar o maior campeão de todos os tempos da mais tradicional competição de tênis do mundo. Ele superou, na final, o croata Marin Cilic por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/1 e 6/4. Foi uma vitória rápida, conquistada em apenas 1h41min.
Roger Federer voltou a fazer história ontem. O tenista suíço venceu na grama de Wimbledon pela oitava vez e se tornou o maior campeão de todos os tempos do torneio mais tradicional do mundo. Ele acumulou mais um recorde na sua vitoriosa carreira ao superar, na final, o croata Marin Cilic por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/1 e 6/4.
A rápida vitória, em apenas 1h41min, foi obtida numa decisão inesperada, marcada pela lesão do rival. O atual número seis do mundo sentiu dores no pé esquerdo durante o segundo set e até ameaçou desistir. Após atendimento médico em quadra, Cilic voltou a jogar bem no terceiro set, mas já era tarde demais para sonhar com uma reviravolta no placar contra o suíço.
Exibindo boas devoluções, como fizera com outros sacadores, Federer dominou Cilic desde o começo e não chegou a ser ameaçado ao longo da partida – não perdeu o saque em nenhum momento. Os dois protagonizaram bom duelo somente no primeiro set e no começo do terceiro. Cilic não ofereceu resistência no segundo. E, no fim da disputa, já demonstrava claro abatimento pela derrota iminente.
Sem perder sets ao longo de toda a competição, o suíço bateu o recorde de títulos em Wimbledon, deixando para trás o americano Pete Sampras e o britânico William Charles Renshaw. Federer soma agora oito troféus. Sampras, aposentado, faturou sete na década de 1990 e Renshaw se destacou ainda no século anterior, quando o campeão de um ano só disputava a final da edição seguinte.
“Significa o mundo para mim segurar este troféu, principalmente num torneio que não perdi nenhum set. É mágico, ainda não consigo acreditar. É muita coisa. Nunca imaginei que eu pudesse alcançar estas conquistas”, comentou Federer.
O recorde em Londres vinha sendo buscado como grande meta pelo tenista nos últimos anos. Ele bateu na trave nas últimas três edições. Foi eliminado na semifinal em 2016 e foi vicecampeão em 2015 e 2014. Com o feito de ontem, ele recupera o “trono” de Wimbledon.
“Não estava certo de que voltaria para uma final. Sofri duras derrotas para Novak (Djokovic) em 2014 e 2015. Mas continuei acreditando. E, se você acredita, tem uma longa vida pela frente. Aqui estou eu com o oitavo título. É fantástico!”
Federer ainda ampliou seu recorde de títulos de Grand Slam. Agora são 19, abrindo vantagem para o espanhol Rafael Nadal, que chegou a 15 com o troféu de Roland Garros neste ano. O suíço venceu o Aberto da Austrália, no início da temporada. Ao todo, ele acumula agora 93 títulos na carreira, cinco neste ano.
O tenista que completará 36 anos no mês que vem garantiu estar bem fisicamente, mas indicou que deve se afastar outra vez do circuito por algumas semanas. “Melhor do que ganhar o troféu é me sentir saudável. Isso significa muito para mim. Trabalhei duro para estar aqui.”
Federer, que aparecerá na terceira posição na atualização do ranking da ATP hoje, fez uma interrupção em seu calendário após vencer os Masters de Indian Wells e Miami, nos EUA, em março. Entre abril e o início de junho, ele ficou afastado para se preparar para a curta temporada de grama. Seu foco sempre foi ganhar em Wimbledon.
“Vou me afastar de novo, pelos próximos meses, se isso continuar funcionando e eu puder voltar em condições fantásticas, como aconteceu neste ano”, brincou Federer, que pôde comemorar o título ao lado da família. A mulher Mirka e os quatro filhos: as gêmeas Charlene Riva e Myla Rose, de sete anos, e os gêmeos Lenny e Leo, de três, acompanharam o jogo. “Os meninos não fazem ideia do que está acontecendo. Um dia eles vão entender o que aconteceu hoje (ontem).”