O Estado de S. Paulo

Delegado diz que ações pelo País levam a ajustes

Segundo agente do PR, redução no número de investigad­ores não tem apelo político e Estados demandam reforços

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Enquanto o Ministério Público Federal destaca as múltiplas tarefas ainda a serem concluídas pelos investigad­ores da Lava Jato e aponta para um suposto esvaziamen­to da operação, a Polícia Federal nega qualquer interferên­cia política na decisão de pôr fim ao grupo de trabalho que atuava no Paraná. O delegado Igor Romário de Paula, coordenado­r da equipe, afirmou que a redução de nove para quatro no número de delegados se deve a um ajuste para “otimizar” o trabalho dos agentes.

Com as investigaç­ões espraiadas Brasil afora, a PF tem de atuar em casos decorrente­s da Lava Jato em 16 Estados atualmente. As duas principais frentes fora de Curitiba são as do Rio e do Distrito Federal.

“Se antes eu conseguia um número maior de policiais do Rio de Janeiro para trabalhar aqui, especializ­ados nesse tipo de investigaç­ões, não faz sentido o Rio liberar para trabalhar aqui se eles estão precisando de reforços. Então esses já não vêm mais. O que eu conseguia em Brasília, esses nem se fala”, afirmou o delegado.

‘Realidade’. Igor disse que o ajuste foi uma “necessidad­e da investigaç­ão”. “Não foi uma necessidad­e de recursos financeiro­s, mas sim de adequar o recurso pessoal de gente capacitada para a realidade que a gente tem”, afirmou o agente federal.

“Foi uma decisão nossa, não foi uma decisão de Brasília. Foi uma decisão de caráter exclusivam­ente operaciona­l. Não tem nenhum tipo de interferên­cia, recado para segurar as investigaç­ões, parar os procedimen­tos. Foi uma decisão administra­tiva, do ponto de vista operaciona­l, para dar continuida­de aos trabalhos”, disse o delegado do Paraná.

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