Santos e Vasco protagonizam empate sem graça
Com portões fechados no Engenhão por causa da interdição do estádio de São Januário, times jogam sem inspiração
Vasco e Santos ficaram em um sonolento empate sem gols, ontem, no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro. A partida teve portões fechados, sem a presença do público, por causa de uma punição sofrida pelo time carioca após briga generalizada de seus torcedores em São Januário. Foi no clássico com o Flamengo, com tentativa de invasão ao gramado, rojões atirados nos jogadores adversários, culminando com a morte de um torcedor vascaíno, baleado nas ruas ao redor do estádio.
Para o técnico do Santos, Levir Culpi, a ausência dos torcedores foi decisiva para o baixo nível técnico apresentado pelos
jogadores. “Fazia muito tempo que eu não participava de um jogo tão sem graça. O único lucro é que nem a torcida do Vasco nem a do Santos conseguiram me xingar, foi o único lucro que eu tive nesta partida”, brincou o treinador santista, que lamentou a ausência dos torcedores, mas que concordou com a punição imposta ao adversário pela confusão.
“O placar de 0 a 0 foi o que o jogo mereceu, pelos antecedentes, por essa postura que nós costumamos ter com o nosso futebol. Mas espero que as leis sejam cumpridas porque está difícil de controlar. Infelizmente quem errou tem de pagar. E nós fomos obrigados a participar de um jogo que não teve graça nenhuma”, comentou Levir.
Com o resultado, o Santos se manteve na terceira colocação do Brasileiro, com 24 pontos, doze atrás do líder Corinthians. O Vasco estacionou nos 20.
Os times voltam a campo pelo Brasileirão quarta-feira. O cruzmaltino enfrenta o São Paulo no estádio do Morumbi. Já o Alvinegro recebe a Chapecoense, na Vila. Para esse jogo, Levir não poderá contar com o atacante Bruno Henrique, que recebeu o terceiro cartão amarelo, e com o lateral Daniel Guedes, expulso no fim do segundo tempo, depois de uma entrada dura em Guilherme. Ele já tinha recebido o cartão amarelo.
Jogo. Sem a presença dos torcedores, os rivais fizeram um jogo morno, sem chances expressivas de gol. O Vasco, comandado pelo auxiliar Ednelson Silva – por causa da suspensão do técnico Milton Mendes –, pressionou um pouco mais e conseguiu seis finalizações, contra apenas duas do Santos.
Mas nem por isso o goleiro João Paulo, de somente 22 anos, substituto do titular Vanderlei, machucado, e reserva de Wladimir, também fora de combate por contusão, preciso trabalhar tanto no jogo.
“Fico feliz com a minha estreia no Santos e a confiança do Levir em mim. Não foi o resultado que queríamos, mas esse ponto como visitante vai ser importante lá na frente do Nacional”, afirmou o goleiro.