O Estado de S. Paulo

Com Dudu, Palmeiras se recupera

Time aproveita apoio de 36 mil torcedores para bater o Vitória por 4 a 2 e sair de crise depois de perder para o Corinthian­s

- Ciro Campos

Contra crise, pressão e cobranças, o remédio é um só: ganhar com muitos gols. O Palmeiras usou desse artifício no Campeonato Brasileiro para aplicar 4 a 2 no Vitória, ontem, no Allianz Parque, e se recuperar da derrota para o Corinthian­s e de outros dois resultados negativos anteriores. O atual campeão conseguiu a melhor solução possível para ao mesmo tempo se levantar no torneio e restaurar a autoconfia­nça.

O placar expressivo de 4 a 2 dá a impressão de que o jogo foi barbada. Não foi. O resultado foi de virada após o Palmeiras superar nervosismo, falhas individual de marcação, bola na trave e sustos dados pelo Vitória. Se a atuação não foi a perfeita, serve para iniciar a transição.

Depois de uma semana complicada, o time se prepara para decidir vagas na Copa do Brasil e também na Libertador­es.

O Palmeiras entrou em campo carregando nas costas o peso das últimas derrotas, uma delas em casa para o Corinthian­s. O protesto da torcida no sábado para cobrar empenho aumentou a pressão para enfrentar o time de Alexandre Gallo. Influencia­do por isso, o time começou o jogo disposto a encurralar o rival e dar a resposta esperada pelos 36 mil torcedores.

No primeiro lance, aos 15 segundos, uma conclusão a gol. Tudo ia bem até um erro na saída de bola de Felipe Melo, aos 9 minutos, que acabou em gol de Uillian Correa. A pressão aumentou. A impaciênci­a do público fez o Palmeiras ficar nervoso, errar mais e atacar menos.

A fase de desequilíb­rio durou mais de 20 minutos, com bons contra-ataques do Vitória. O remédio para o nervosismo veio com o gol de empate. O árbitro marcou falta em Mina dentro da área. Houve muita reclamação dos jogadores rivais. Róger Guedes fez de pênalti, aos 36, para amenizar a angústia coletiva de jogadores, do técnico Cuca e da torcida. Resolvida a questão emocional, a técnica do elenco do Palmeiras prevaleceu e a virada veio com Dudu, aos 45.

O resultado estava encaminhad­o, mas não resolvido. Era preciso manter a calma para definir o placar, antes que o Vitória empatasse. O Palmeiras perdeu oportunida­des claras no começo do segundo tempo e passou por alguns sustos de novo.

A confiança fez o Vitória avançar e levar o troco fatal no contra-ataque. O lateral Mayke aproveitou rebote e concluiu para o gol, aos 25 do segundo tempo. A imposição como mandante, necessária para vencer, estava cumprida. Para melhorar, virou goleada: Michel Bastos fez ótima jogada e passou para Dudu fazer outro gol, aos 31.

O Vitória diminuiu, com David, sem conseguir dessa vez ameaçar a comemoraçã­o alviverde. O time da casa se reergueu e, apesar das falhas defensivas, poderá fazer a autoanális­e hoje em cima de um expressivo resultado positivo, e não com base em uma turbulenta derrota em clássico.

 ?? ALEX SILVA/ESTADÃO ?? Dia de artilheiro. Dudu vibra muito após marcar na vitória do Palmeiras, em que ele fez dois gols
ALEX SILVA/ESTADÃO Dia de artilheiro. Dudu vibra muito após marcar na vitória do Palmeiras, em que ele fez dois gols

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