O Estado de S. Paulo

Marcelo Melo mira os torneios US Open e ATP Finals.

Brasileiro realiza principal sonho da carreira, chega próximo de R$ 15 milhões em prêmios e agora planeja voos mais altos

- Marcelo Melo, Felipe Rosa Mendes

O troféu de Wimbledon está na bagagem, as fotos do tradiciona­l jantar de gala estão nas redes sociais e Marcelo Melo, mesmo ainda em clima de comemoraçã­o, começa a pensar nos próximos desafios. Dois dias após a realização do sonho na grama de Londres, o duplista brasileiro concedeu disse ontem ao Estado que já “atualizou’’ as metas para o restante da temporada. “Com certeza vamos continuar firmes, em busca de outros títulos, como os de Masters 1000, do US Open e do ATP Finals.’’

Ele e o polonês Lukasz Kubot tiveram confirmada a vaga no ATP Finals, com quatro meses de antecipaçã­o. O torneio que reúne os melhores da temporada será em Londres, de 12 a 19 de novembro. Antes, Melo e Kubot jogarão o US Open, no fim de agosto. Brasileiro e polonês lideram o ranking de duplas – e Melo retomou a primeira posição do ranking individual entre os duplistas.

O brasileiro ganhou 200 mil libras (cerca de R$ 834 mil) por Wimbledon e soma US$ 4,7 milhões (aproximada­mente R$ 15 milhões) na carreira. Só está atrás de Gustavo Kuerten (R$ 47 milhões) e Thomaz Bellucci (R$ 16 milhões).

Você faturou um título histórico, realizou o sonho de infância e voltou ao topo do ranking. Como resumir tantas conquistas em apenas duas semanas?

Estou muito feliz com essa conquista em Wimbledon. Todo mundo sabe que era meu torneio favorito, sempre deixei claro que gosto de jogar na grama. Foi realmente muito especial, não só pelo título, mas também pela volta ao número 1 do mundo.

É seu maior feito?

Não tenho como dizer se é o maior feito.

É um feito juntamente com Roland

Garros e com a posição de número 1 do mundo. São três conquistas incríveis. Pode ser um pouco mais especial Wimbledon por ser meu torneio favorito, meu sonho. Mas Roland Garros também é muito especial para nós, brasileiro­s. É difícil saber qual é o mais importante.

Quais as próximas metas para esta temporada?

Minha principal meta era conquistar Wimbledon. Agora, vamos ter que estipular novas metas. Com certeza vamos continuar firmes, em busca de outros títulos, como os de Masters 1000, do US Open e do ATP Finals, no final do ano, em Londres. Acabamos de nos classifica­r para o Finals.

Quão diferente é este título do que ganhou em Roland Garros? Roland Garros foi meu primeiro título de Grand Slam. É um torneio especial para os brasileiro­s. E Wimbledon, num piso completame­nte diferente, tem toda a tradição do tênis, são dois títulos muito importante­s, diferentes, é difícil falar... As duas conquistas são equiparáve­is.

Você se tornou um dos tenistas mais bem pagos do país, o que mostra que jogar duplas é ótimo caminho. Como incentivar esta modalidade no tênis brasileiro? Quanto a ser um dos tenistas mais bem pagos, acho que é muito relativo. Se não me engano, são 15 anos de carreira, muita coisa aconteceu neste tempo. Nossos juvenis, nosso jogadores que estão começando no tênis, devem focar em simples e nas duplas. Não somente nas duplas. É muito importante ter os dois juntos. A questão principal tem de ser desfrutar o tênis, independen­temente das recompensa­s monetárias. A conquista do oitavo título em Wimbledon deu a Roger Federer duas posições no ranking da ATP. Ele agora é o terceiro colocado, atrás de Rafael Nadal e do líder, Andy Murray.

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KIRSTY WIGGLESWOR­TH/AP Vitória. Melo morde o troféu após título
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