São Paulo nunca esteve tão mal
Com 12 pontos em 14 jogos, equipe do Morumbi registra desempenho inferior ao de 2013, quando lutou contra o rebaixamento e foi salva por Muricy
A campanha do São Paulo em 2017 já é a pior do clube na era dos pontos corridos no Campeonato Brasileiro. Após a derrota para a Chapecoense, o time soma 12 pontos após 14 rodadas. Em 2013, a temporada mais fraca até então, o time tinha 13 pontos – um mais – nessa mesma altura do torneio. Tanto em 2013 como em 2017 o time ocupava a incômoda 18.ª posição.
Desde a adoção do sistema por pontos corridos, em 2003, a equipe paulista frequentou a zona de rebaixamento em seis oportunidades: 2003, 2005, 2008, 2009, 2012 e 2013. A última foi a mais traumática.
A equipe ficou dez rodadas na zona da degola, inclusive na virada do primeiro turno, e chegou a 12 jogos sem vencer. O São Paulo só deslanchou com a chegada de Muricy Ramalho, que levou o time ao 9.º lugar, com 50 pontos, seis de distância do rebaixamento. Antes de ser salvo por Muricy, hoje comentarista de tevê, o time havia sido dirigido por Ney Franco, Milton Cruz e Paulo Autuori.
Neste ano, a sequência é de nove jogos sem vitória (três empates e seis derrotas). Já são quatro rodadas entre os piores do torneio. Após o jogo de Chapecó, o São Paulo atingiu o pior aproveitamento como visitante no torneio. Em oito jogos fora de casa, são sete derrotas e um empate, o que significa um aproveitamento de 4,17%. O lanterna Atlético-GO tem 5,56%.
O São Paulo tem chances de escapar da zona da degola antes do final do primeiro turno – faltam cinco jogos, mas o Dorival Junior demonstrou preocupação. “É natural que preocupe, não estamos aceitando essa situação. Toda situação criada acaba dentro do nosso gol.”
Oposição se mexe. A crise mexe com a vida política do clube, especialmente a oposição. Conselheiros protocolaram ontem um pedido de reunião extraordinária. O requerimento foi recebido, mas ainda não analisado pelo Conselho Deliberativo. O grupo enumera questões sobre nove itens, entre eles, o uso do dinheiro da venda de atletas para amortizar a dívida. Newton Luiz Ferreira diz ter 57 assinaturas – o estatuto exige 50.