O Estado de S. Paulo

Mudanças incluem processo eletrônico e acesso total a UBSs

- / J.L.

Outro ponto previsto na nova Política Nacional de Atenção Básica (Pnab) é a obrigatori­edade do uso do prontuário eletrônico. O ministério pretende implementá-lo em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do País até o fim de 2018 – como havia adiantado recentemen­te o ministro Ricardo Barros. Atualmente, 37,5% usam a ferramenta.

Segundo o ministro, a expectativ­a é de que a informatiz­ação ajude a reduzir as filas das unidades de saúde, pois o cidadão poderá acompanhar a marcação de consultas pelo prontuário. Pelas diretrizes da nova Pnab, os dados do paciente serão cadastrado­s na hora, o que diminuiria o risco de perdas de fichas e atraso no lançamento de informaçõe­s.

A proposta também prevê que todas as Unidades Básicas de Saúde passem a oferecer um conjunto de serviços indicados como essenciais, como pré-natal e aplicação de vacinas. Embora isso não seja obrigatóri­o, o objetivo da pasta é que a especifica­ção dos serviços na Pnab contribua para que ações básicas possam ser reivindica­das nas unidades.

Além disso, passará a ser permitido ao usuário ser atendido em mais de uma UBS, e não apenas na que estiver mais perto de sua casa. Com a mudança, o paciente poderá escolher ser atendido perto do local de trabalho, por exemplo, ou em outra localidade.

Produtivid­ade. De acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde, a produção registrada por médicos da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) foi 43,8% menor do que o previsto pela pasta em 2016. A média mensal de consultas por médico foi de 168, enquanto o esperado era de 384 por mês.

No total, os cerca de 68 mil médicos em atuação na área de atenção básica do País registrara­m 125,7 milhões de consultas no Sistema Único de Saúde (SUS) no ano passado. Para o Ministério da Saúde, o descumprim­ento da carga horária é um dos principais motivos para a baixa produtivid­ade dos médicos.

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