Mapa eleitoral favorece Trump em 2018
Desde o início do governo de Donald Trump, sua taxa de aprovação caiu de 45,5% para 37%. Os democratas têm visto esses números como um bom presságio para as eleições legislativas do ano que vem. Mas esse otimismo é ilusório. A maioria republicana parece garantida tanto na Câmara quanto no Senado – afastando qualquer possibilidade de impeachment sem apoio do Partido Republicano.
Há várias razões para isso. A mais importante foi o último redesenho, em 2010, dos distritos eleitorais, prática conhecida em inglês como “gerrymandering”. Com o domínio de 26 legislaturas e 29 governos estaduais, os republicanos reuniram uma demografia favorável e tornaram algo como 95% das cadeiras da Câmara impermeáveis a mudanças.
Na simulação feita pelo blog The CrossTab, mesmo levando em conta a popularidade sofrível de Trump, os democratas ganhariam apenas 3 das 435 cadeiras, e os republicanos manteriam uma maioria de 238. A probabilidade de maioria democrata, segundo o CrossTab, é inferior a 14% e, para recuperá-la, eles teriam de ter um patamar de apoio superior a 58% (hoje é de 53%).
No Senado, a situação é ainda mais confortável para Trump. Estarão em jogo 25 dos 48 assentos democratas, 6 deles sob risco. Ao mesmo tempo, apenas 8 dos 52 assentos republicanos entrarão na disputa – e todos os senadores do partido vêm de Estados que Trump venceu por margem superior a 5 pontos porcentuais. Enquanto os votos democratas se concentram nas áreas urbanas de poucos Estados, os republicanos estão mais espalhados pelo país e dominam as áreas rurais. A fortaleza legislativa de Trump parece inexpugnável.