Citroën ganhou personalidade com o novo câmbio
A mudança na transmissão do Aircross fez muito bem ao monovolume. O antigo câmbio sofria para levar às rodas a força do 1.6 (com potência de até 118 cv) e tirava muita agilidade do modelo. O consumo era bastante prejudicado. Agora, o comportamento do modelo melhorou bastante.
Com escalonamento correto, o Aircross acelera e retoma velocidade com menos esforço e mantém giros menores em velocidade de cruzeiro na estrada. Se antes o 1.6 parecia até fraco para o modelo, agora consegue mostrar valentia mais que suficiente para um carro com apelo familiar.
O comportamento melhorou mesmo com potência menor. Ante a versão do modelo vendida até então, o motor do Aircross tem 4 cv a menos. Além disso, a boa transmissão automática deixou o carro da Citroën mais gostoso de dirigir.
Já o WR-V é equipado com transmissão CVT, de relações infinitas. As respostas do Honda são boas e o desempenho do 1.5 de 116 cv não decepciona, mas motorista e câmbio acabam demorando mais para se entender. O CVT responde rápido e o WR-V deslancha fácil, mas às custas de rotações elevadas por períodos mais longos, o que diminui razoavelmente o prazer ao dirigir o modelo.
Ao menos, a suspensão do WR-V tem ótimo acerto e compensa a carroceria “altinha” do modelo, que até parece gostar de umas curvas.
A direção também tem respostas mais diretas e mais peso que a do Aircross. O sistema do Citroën poderia ter mais precisão, principalmente em alta velocidade.