O Estado de S. Paulo

Brasil conquista bronze no último dia

Caio Bonfim é o terceiro na marcha atlética de 20km, a única medalha do Brasil na competição disputada em Londres

-

A única medalha no Brasil no mundial de atletismo de Londres saiu no último dia de competiçõe­s. Caio Bonfim conquistou o bronze na marcha atlética de 20km, o primeiro pódio do país na modalidade em um grande evento.

A prova foi vencida pelo colombiano Eider Arévalo, com o tempo de 1h18s53. O russo Sergei Shirobokov levou a prata. Com um tempo de 1h19s04, o melhor da sua carreira, Caio completou o pódio.

“Trabalhamo­s muito para ter essa medalha. Fiz uma prova tentando manter esse ritmo absurdo. Fui administra­ndo, sentindo força onde eu precisava ter, onde sei que são momentos chave. Isso foi essencial”, disse em entrevista ao SporTV. Nos 20km feminino da marcha atlética, Erica Sena terminou na quarta colocação. Na Olimpíada do Rio, Caio terminou em quarto; Erica foi a sétima.

Único medalhista brasileiro no Mundial, Caio minimizou o fato e elogiou os companheir­os: “Tivemos vários brasileiro­s chegando perto (da medalha). Acho que sou só um símbolo, só um metal. Todo mundo conseguiu essa medalha. Foi muito duro esse Mundial”.

Ainda ontem, no último dia de disputas, a brasileira Andressa de Morais terminou o lançamento de discos na 11.ª posição.

Emoção.

Usain Bolt deu adeus às pistas de atletismo. Definitivo, fez questão de frisar. Ontem, no estádio Olímpico de Londres, o jamaicano de uma volta olímpica, caminhando em baixa velocidade, e foi ovacionado pelo público. Aplaudido de pé, o homem mais rápido do mundo, detentor de oito medalhas de ouro olímpicas, foi homenagead­o com um pedaço da pista de número 7, raia em que correu os 100 metros e os 200 mestros, no mesmo estádio, durante os Jogos Olímpicos de 2012.

Bolt se emocionou, tentou retribuir os aplausos e abraçou carinhosam­ente uma criança que furou o esquema de segurança e invadiu a pista. Também abraçou os pais ao som de Bob Marley e se ajoelhou quando atingiu a linha de chegada, fazendo o sinal do raio.

“Não acho que um campeonato vai mudar o que eu fiz. Lembro que depois de perder os 100 metros alguém me disse: não se preocupe, Mohammed Ali perdeu sua última luta. Provei que com trabalho duro tudo é possível. Para mim, poder relaxar e curtir é animador. Vou ser livre agora”, brincou o jamaicano.

Bolt pretende continuar trabalhand­o para o aperfeiçoa­mento e difusão do atletismo pelo mundo, mas foi categórico ao afirmar que a sua retirada das pistas é definitiva

“Se eu vou voltar a correr? Não. Vi muitos esportista­s se aposentare­m e depois decidirem voltar, mas eu não serei uma dessas pessoas”, concluiu.

 ?? DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP ?? Chegada. Caio Bonfim se ajoelha após o término da prova
DANIEL LEAL-OLIVAS/AFP Chegada. Caio Bonfim se ajoelha após o término da prova

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil