REFORMA POLÍTICA
Crise de representação
Em pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto Ipsos ficou mais do que claro que o modelo representativo brasileiro está em xeque. A grande maioria dos brasileiros não se sente efetivamente representada pelos políticos eleitos e muito menos considera o nosso regime de governo adequado. Além disso, o princípio de igualdade perante a lei, amplamente defendido pela Constituição da República, também é visto como inobservado pelo Judiciário. Os dados servem de termômetro – ou pelo menos deveriam servir. Um índice de insatisfação próximo de 95% é sinal de alerta total. Afinal, sem que haja a união de todos dificilmente sairemos da crise econômica e do verdadeiro imbróglio em que as instituições nacionais se meteram. É imperioso que adotemos um novo e urgente modelo de sistema político. Aquela reforma aprovada por uma comissão de deputados federais não soluciona, ao contrário, aumenta ainda mais a descrença dos eleitores. WILLIAN MARTINS martins.willian@globo.com Guararema Lendo a matéria intitulada 94% dos eleitores não se veem representados por políticos (13/8, A1), decidi que, tendo em vista a atual situação, só darei o meu voto para deputado a candidatos de primeira viagem.
LUCIANO MENDES DE AGUIAR luciano.mendes@aguiar.com Santana de Parnaíba
Candidaturas avulsas
É animador verificar que até a União Nacional dos Juízes Federais (Unajuf) se está movimentando para reagir a essa estrutura partidária ineficiente na representação popular, como mostra a reportagem Juízes entram com ações por candidatura avulsa (13/8, A7). Em verdade a estruturação interna dos partidos é pouco ou quase nada democrática, favorece a proliferação de caciques e o domínio de famílias que por lá se multiplicam. Uma vergonha! A verdadeira reforma política tem de começar pela reforma dos partidos e por maior liberdade para as candidaturas. JOSÉ ELIAS LAIER joseeliaslaier@gmail.com
São Carlos
Parlamentarismo
O Brasil vem assistindo a cada dia ao esgotamento do presidencialismo, por não se conseguir governar sem lotear cargos. São milhares de cargos comissionados ocupados por indicação política. Por isso a maioria dos ministérios, que deveriam ser formados por notáveis, é ocupada por um bando de picaretas que só pensam em si e nos seus. O parlamentarismo acabaria com essa estrutura viciada, que funciona na base de favores. Mas a defesa desse sistema é imediatamente recebida com críticas por quem quer que a situação fique como está. Os contra o parlamentarismo alegam ser preciso debater com a sociedade, mas não acham que a sociedade deve opinar a respeito do fundo partidário de R$ 3,6 bilhões. Em qualquer dos casos o debate deveria envolver a sociedade, mostrando seus prós e contras. Mostrar aos cidadãos que o sistema atual submete o presidente ao Congresso e que para instituir o parlamentarismo é necessária, primeiramente, uma grande reforma no sistema de representação partidária. A questão é: nossos parlamentares querem melhorar o País e acabar com as crises de governabilidade? Duvido. IZABEL AVALLONE izabelavallone@gmail.com
São Paulo
Renovação geral
Pelo que se tem visto, o sistema presidencialista já não serve para o povo brasileiro. É hora de renovar, com o parlamentarismo e um primeiro-ministro. Não deu certo, troca-se, sem prejuízo para o povo. O Brasil não pode mais ficar à mercê das vontades populistas. Não podemos correr o risco de ter um Erdogan ou um Maduro na Presidência da República. Se hoje o povo sabe de alguma coisa, é graças à mídia sem mordaça. Temos ainda de observar como o eleitorado vai encarar o tal “distritão”... JOÃO CAMARGO inteligencianomundo@hotmail.com São Paulo
Voto distrital
O “distritão” é armação. Um distrito por Estado deixa tudo como está. É preciso dividir o número de eleitores por 250, o número de deputados aceitável. Então teremos o número de eleitores por deputado, desde que se fixe um deputado por distrito. Assim se obterá o número de