‘Eleições precisam ser barateadas’, diz Barroso
Um dos maiores especialistas em reforma política do País, o ministro do STF Luís Roberto Barroso tem acompanhado o debate sobre a proposta no Congresso. Ele reforça o coro contra a aprovação de um fundo público de financiamento eleitoral com um custo de R$ 3,6 bilhões. “Em lugar do financiamento, é preciso pensar no barateamento das eleições”, disse à Coluna. Barroso acha que devem acabar as “superproduções de televisão” nos programas eleitorais. Para ele, o ideal seria ser “só o candidato, uma câmera e as ideias que tiver”.
» Passou batido. A comissão especial da reforma política pode concluir hoje a votação da proposta, que não ataca os gastos com marqueteiros.
» Zorra total. A maior polêmica continua sendo o distritão, que elege o mais votado, desconsiderando votos na legenda. “Se passar, o próximo governo terá que negociar com 513 partidos”, adverte o presidente do PPS, Roberto Freire.
» Vai encarar. O governo decidiu enfrentar a discussão sobre teto salarial e vai apoiar a votação de projeto que define o que é salário e o que é penduricalho para acabar com os supercontracheques nos três Poderes.
» Cuma? Ministros do STF passaram o dia ontem trocando mensagens pelo WhatsApp indignados com a informação, revelada pelo blog da ‘Coluna’, de que um juiz de MT recebeu meio milhão de salário em julho.
» Muda de vida. O ministro Gilmar Mendes, STF/TSE, recebeu a provocação de um colega. “O senhor deveria pedir para ser promovido juiz do TJMT, R$ 503,9 mil bruto.” Os ministros do STF recebem R$ 33,7 mil.
» Vai... O Planalto está com a caneta pronta para demitir Nicola Miccione da diretoria de Controle e Risco do BNB como punição aos deputados Vitor Valim (CE) e Veneziano Vital do Rêgo (PB), que votaram contra Michel Temer.
» ...Não vai. Mas há pressões de peemedebistas para que ele fique. O Planalto, defensor da demissão, aguarda um entendimento entre caciques do partido para tomar uma decisão. Enquanto isso, mais exonerações estão a caminho.
» Vamos conversar? Rodrigo Maia vai dar início a rodadas de conversas com economistas a fim de convencer os deputados a aprovar a reforma previdenciária.
» Dinheiro acabou. Maia convidou os economistas José Camargo, Marcos Lisboa e Paulo Tafner para o primeiro bate-papo. Vai pregar que, se a economia não melhorar, não há dinheiro para pagar as emendas.
» Na rua. Luiz Felipe D’Avila avalia se candidatar ao governo de SP pelo PSDB. Ele já iniciou conversas com empresários.
No seu quadrado. Parte da base aliada do governo vê com preocupação a interferência política na área econômica. “Vão acabar trazendo a economia para dentro da crise política”, diz o deputado Thiago Peixoto (PSD-GO), colega de partido de Henrique Meirelles.
» Falou sozinho. O ministro Dyogo Oliveira perdeu a queda de braço pelo fim do auxílio-reclusão, que fica.
COM NAIRA TRINDADE