O Estado de S. Paulo

‘Tem de ser um eterno aluno’

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Decidi cursar Direito por influência do meu pai, que também fez o curso. Durante a faculdade, fiz um estágio na Vara Criminal, mas acabei me apaixonand­o mesmo pelo Direito do Trabalho –e é nessa área que vou trabalhar quando me formar. Hoje sou estagiário no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, e atuo como auxiliar de um desembarga­dor. Quando comecei a ver a importânci­a que a Justiça do Trabalho tem na vida de uma pessoa, percebi que era para esse lado que seguiria na minha carreira.

Quem quer ser advogado tem de ser conformar em ser um eterno estudante, porque todo dia sai uma lei nova. No caso da CLT, mudou muita coisa. Quem não estuda fica para trás. Eu já tinha feito todas as disciplina­s de Direito do Trabalho quando veio a reforma. A mesma coisa aconteceu com o novo Código do Processo Civil, que mudou em 2015. Eu já tinha passado pela disciplina e tive de aprender tudo de novo. Dá uma certa inseguranç­a estudar por conta própria, mas, para a área trabalhist­a, como é algo que me interessa, até que tem sido fácil. Primeirame­nte, eu li a lei, artigo por artigo. Depois procurei por um curso online, que tem sido muito bom.

Acredito que uma reforma trabalhist­a era necessária, mas acho que o tema não foi estudado a fundo. A lei é muito importante porque praticamen­te todas as pessoas têm a vida influencia­da por ela. No TRT vejo muitos advogados que não conhecem direito nem a CLT de 1943.

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