O Estado de S. Paulo

Com Who, Guns, Aerosmith e Bon Jovi, vintage está garantido

- Julio Maria

ORock in Rio tem sido festejado pelos roqueiros amantes da velha guarda do gênero. O Def Leppard é apenas uma mostra do que essa edição do evento tem para agradar aos saudosista­s do conceito que deu origem à série.

No dia 23 de setembro, as atenções de quem estiver ou não na Cidade do Rock será o grupo The Who. Eram eles os últimos dos gigantes a resistir a fazer um show por aqui. Quando anunciou a turma de Pete Townshend e Roger Daltrey, os dois remanescen­tes dos anos de ouro, a edição, que já vinha escutando ecos das críticas de outras edições, que pegam no pé das repetições do palco Mundo, ganhou mil pontos. Mesmo jornalista­s internacio­nais que certamente não estavam dispostos a cobrir o festival deste ano correram para se credenciar.

O Guns ‘n’ Roses pode fazer sua redenção, depois de uma desastrosa apresentaç­ão no fechamento da edição de 2011. Axl Rose estava fora de forma, com um vocal terrível e uma banda sem nenhum carisma. Agora, mesmo quem saiu da Cidade do Rock naquele ano jurando nunca mais se colocar à frente do grupo deve rever sua decisão. Axl volta, de bem ou de mal, ao lado de Slash, o último guitar hero produzido pelo hard rock. É ele quem leva grande parte dos fãs a acreditar que existe material inflamável a ser colocado no palco por esta banda.

O Aerosmith também volta ao Brasil (será a primeira vez no Rock in Rio), com a clássica formação de frente com Steven Tyler e Joe Perry. Eles já estão em descrédito moral depois de anunciarem a aposentado­ria umas duas vezes nos últimos anos, mas o que mostram no palco, com um vocal de Tyler chegando impression­antemente aonde deseja, já vale o ingresso. Ainda vale o altíssimo potencial de diversão do Bon Jovi, no dia 22, mesmo sem a presença do motor de tudo, Richie Sambora.

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