Polícia Federal inicia fase da Lava Jato no RS
A Polícia Federal deflagrou ontem a Operação Étimo para combater crimes de lavagem de capitais, evasão de divisas, crimes contra o sistema financeiro nacional e corrupção, em desdobramento da Operação Lava Jato no Rio Grande do Sul.
Mais de 50 policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão no Estado. Também foram autorizados pela Justiça Federal o sequestro de bens e a quebra de sigilo dos investigados.
Com dados obtidos a partir de compartilhamento das informações da 26.ª fase da Operação Lava Jato (Operação Xepa, deflagrada no Paraná), foi possível aprofundar as investigações sobre o esquema envolvendo a lavagem de dinheiro por meio de entidade associativa ligada a grandes empreiteiras.
A entidade recebia das empreiteiras um porcentual do valor de obras públicas realizadas no Estado. Contratos de assessoria entre a entidade associativa e empresas de fachada eram usados para dar aparência de legalidade às operações financeiras de retirada de valores dessa entidade. A movimentação ilegal desses recursos, no Brasil e no exterior, sua origem e sua destinação, são objeto de investigação pela Operação Étimo.
O nome da operação é uma referência à origem das informações que possibilitaram o aprofundamento das investigações. Étimo é um termo que exprime a ideia de origem, que serve de base para uma palavra, a partir da qual se formam outras.
26ª fase. A Xepa abriu novas linhas de investigação do pagamento de propinas pelo Grupo Odebrecht em outras obras públicas, que extrapolavam a Petrobrás – foco inicial das investigações. Na época foram descobertas planilhas de controle dos pagamentos de propina da Odebrecht.