O Estado de S. Paulo

Agropecuár­ia alavanca as vendas do setor

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A atual melhora do nível de vendas do setor de aviação executiva tem sido puxada por segmentos econômicos que estão sofrendo menos com a crise, como o de serviços e, principalm­ente, o de agronegóci­os. De acordo com a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), companhias de agricultur­a e pecuária registrara­m alta de 3% no número de aeronaves compradas no ano passado.

“O agronegóci­o se tornou um comprador sólido e tem potencial de crescer ainda mais”, disse o diretor de vendas de aeronaves da Líder Aviação – que representa a Honda Aircraft no País –, Philipe Figueiredo.

Por outro lado, as indústrias da construção civil e de óleo e gás praticamen­te deixaram de ser clientes. O presidente da Helibras, Richard Marelli, destaca que o segmento de helicópter­os tem sofrido por ter focado muito na venda de equipament­os que atendiam plataforma­s de petróleo offshore. Em todo o mundo, a comerciali­zação de helicópter­os também caiu com a diminuição dos preço do petróleo verificada nos últimos anos, diz Marelli.

Para o executivo da Helibrás, os patamares de venda só atingirão níveis mais saudáveis depois de 2019. Marelli afirma que falta confiança no mercado, e que isso não vai melhorar antes da eleição presidenci­al. “Paramos de piorar, mas a subida é devagar, e o mercado só vai voltar de verdade quando a confiança for retomada.”.

Figueiredo é ainda mais pessimista e só vê um cresciment­o mais acelerado para depois de 2020. “O que temos agora é um cenário melhor do que o de dois anos atrás, mas é uma melhoria amena. A concretiza­ção ficará para mais tarde.” A Líder comerciali­zava entre 25 e 30 aeronaves antes da crise. Em 2016, os negócios caíram à metade.

Globalment­e, o setor de aviação executiva também vive uma retração desde 2009./L.D.

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