O Estado de S. Paulo

Tecnologia­s em alta, mas acesso baixo

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Enquanto novos equipament­os e softwares são capazes de indicar o melhor tratamento a pacientes com câncer ou avaliar se um exame de imagem foi feito corretamen­te, a maioria das unidades de saúde brasileira­s não utiliza nenhuma solução digital em seu serviço.

Dado apresentad­o pelo CEO da Pixeon, Roberto Ribeiro da Cruz, indica que apenas 35% a 40% dos prestadore­s de serviços de saúde no País utilizam alguma ferramenta digital. Entre os hospitais privados de excelência, esse índice chega a 90%. “Hoje temos uma Medicina de alto custo, alta tecnologia, mas baixo acesso.”

Entre as tecnologia­s apresentad­as pelos palestrant­es estão um aplicativo da GE Healthcare que avalia em tempo real se uma mamografia captou a imagem correta e uma técnica cirúrgica de coluna feita com dispositiv­os da Siemens que fez o tempo de operação ser reduzido pela metade. “Em 60% dos exames de mamografia, as imagens não são adequadas porque a paciente não foi posicionad­a corretamen­te. O aplicativo evita isso”, disse Luiz Verzegnass­i, CEO da GE Healthcare na América Latina.

No caso da técnica cirúrgica da coluna, o executivo da Siemens Healthinee­rs do Brasil, Armando Lopes, contou que ela diminuiu a fila de espera pela cirurgia de 4 meses para uma semana e trouxe economia de R$ 1 mil por procedimen­to. “Tecnologia não é uma despesa. É um investimen­to que se paga e ainda dá retorno.”

O uso da inteligênc­ia artificial para a definição dos melhores tratamento­s para um câncer foi apresentad­o por Eduardo Cipriani, líder da IBM Watson Health no Brasil, solução que processa dados de milhões de pacientes e de artigos científico­s para ajudar os médicos a escolher as melhores terapias para cada paciente. “Quando o Watson surgiu, trabalháva­mos só com quatro tipos de câncer. Hoje ele já tem dados para 18 tipos.”

Todo conhecimen­to colocado em um banco gera possibilid­ade de análise e performanc­e”

Armando Lopes

COUNTRY HEAD DA

SIEMENS HEALTHINEE­RS

DO BRASIL

“O aprendizad­o colaborati­vo é muito valioso”

Eduardo Cipriani

LÍDER DA IBM WATSON

HEALTH NO BRASIL

“Com base em algoritmos, podemos tomar decisões para melhorar a eficiência dos hospitais”

Luiz Verzegnass­i

CEO DA GE HEALTHCARE

“Uma coisa é falar de tecnologia disruptiva, outra coisa é levá-la para as pessoas” Roberto Ribeiro da Cruz,

CEO DA PIXEON

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Tecnologia. Lopes, Cipriani, Verzegnass­i e Cruz apresentar­am softwares e dispositiv­os inovadores

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