O Estado de S. Paulo

Acesso, uma palavra-chave para o futuro

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Os medicament­os do futuro deverão focar no paciente e ter maior disponibil­idade de acesso. É o que defendeu o presidente da Roche Farma Brasil, Rolf Hoenger, no painel Medicament­os do Amanhã do Summit Saúde Brasil. “Lembro muito de um paciente que me falou: todos queremos não só viver, mas ter também as mesmas oportunida­des de tratamento. Esse é um resumo do que a Medicina deve ser no futuro.”

“Quando se pensa no futuro, falamos de personaliz­ação. E isso já é realidade. Você faz um teste, detecta mutações e consegue individual­izar um tratamento. Se o paciente não tem informação, provavelme­nte vai chegar muito tarde à cadeia dos medicament­os, e aí não é possível prolongar sua vida com boa qualidade”, disse Hoenger.

Jorge Alves, da BMS, lembrou que a enorme quantidade de informaçõe­s geradas hoje poderá evitar desperdíci­os e fazer com que, cada vez mais, o paciente consiga usar exatamente a medicação que precisa. “Big Data vai ajudar muito na definição do melhor tratamento, de forma a evitar desperdíci­os.”

Já a diretora médica da Sanofi, Luciana Giangrande, destacou que há atualmente 7 mil moléculas em desenvolvi­mento e cerca de metade delas traz algum mecanismo de ação inovador. Ela destacou sobretudo a importânci­a na questão das doenças raras. “Há hoje cerca de 7 mil e só 5% têm tratamento disponível.”

Para Luciana Holtz, do Oncoguia, é essencial que esses novos remédios venham com o maior acesso pela população. “A palavra-chave de tudo que estamos discutindo é o acesso. É preciso discutir o acesso ao exame, ao especialis­ta, ao tratamento e à equipe multidisci­plinar”, afirmou.

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Debate. Hoenger, Luciana Holtz,Luciana Giangrande e Jorge Alves

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