Bannon chama extremistas de palhaços
Stephen Bannon, o assessor estratégico do presidente americano, Donald Trump, afirmou ontem que os extremistas de direita dos EUA são “um bando de palhaços” que estão ganhando mais espaço da imprensa do que deveriam. O conselheiro de 63 anos é tido como uma das vozes do nacionalismo americano e responsabilizado pelas recentes atitudes de Trump, que rejeita culpar apenas os radicais de direita pelos incidentes em Virgínia.
Segundo o assessor, que perdeu espaço desde o início do governo e corre risco de demissão, os EUA estão em guerra econômica com a China e o confronto verbal adotado recentemente pela Casa Branca com a Coreia do Norte não é nada além de uma “distração”.
“Na minha opinião, a guerra econômica com a China é tudo e devemos nos concentrar nela de forma obsessiva”, declarou Bannon em entrevista ao site American Prospect. “Eles não escondem o que fazem e um de nós estará em situação de hegemonia dentro de 25 a 30 anos, e será a China se continuarmos no atual caminho”, declarou o assessor.
“Sobre a Coreia do Norte, apenas nos provocam, não é nada além de uma distração”, afirmou Bannon, que dirigiu o site ultraconservador Breitbart News antes de se unir à equipe de Trump. Ele criticou a declaração do presidente de responder com “fogo e fúria” a Pyongyang, caso prossiga com as ameaças aos EUA, estimando que não há solução militar para a questão.
“Até que alguém resolva essa equação e me prove que não morrerão 10 milhões de pessoas em Seul, em 30 minutos, por ataques de armas convencionais, não sei do que estamos falando, não há solução militar.”