Líderes de partidos na Câmara discutem a volta do financiamento privado.
Líderes dos principais partidos da Câmara passaram o fim de semana discutindo uma maneira para conseguir aprovar uma proposta de reforma política. Informalmente, já admitem ser quase impossível a aprovação do fundo de financiamento público de campanha, com verba de R$ 3,6 bilhões. Assim, estudam o resgate do financiamento privado, com doações de empresas, mas com regras bem mais rígidas para evitar a repetição de escândalos. “Vejo com muita dificuldade a aprovação do fundo público”, admite o líder do PMDB, Baleia Rossi (SP).
» Para tudo. O líder tucano Ricardo Trípoli (SP) reconhece que é preciso dar uma “freada de arrumação” para que a reforma possa ser aprovada.
» Voz das ruas. Trípoli acha que um dos erros da discussão é a falta de sintonia com o que a opinião pública está cobrando dos políticos. “A reforma deveria nascer de fora para dentro do Congresso”, diz.
» Polêmica à vista. A Câmara vai instalar esta semana comissão especial para discutir e estabelecer normas para as atividades da chamada “economia colaborativa”, leia-se Uber, Cabify, Airbnb, entre outros.
» Campo de batalha. Relator da comissão, o deputado Thiago Peixoto (PSDGO) quer evitar que o corporativismo domine o debate. “O desafio é criar uma legislação que não sirva de barreira à economia digital e ao interesse do cidadão. O corporativismo não pode vencer a inovação”, diz.
» Aniversário. Além do auxílio moradia, o ministro Luiz Fux mantém há cinco anos em seu gabinete a discussão pelo STF de outra tema que gera gastos aos cofres públicos.
» Só uma olhadinha. Em 2012, o ministro Fux pediu vistas num processo que pede a inconstitucionalidade de benefícios concedidos aos juízes do Rio de Janeiro por lei local.
» Pendente. Enquanto o ministro Luiz Fux não devolver o caso à pauta do Supremo, os juízes continuarão recebendo as vantagens. Procurado, o ministro não comentou o assunto.
» Estratégia. Aliados do prefeito João Doria acham que ele acerta em investir nos eleitores do Nordeste, mas precisa falar de emprego. Novos dados mostram que a região segue muito afetada pelo desemprego, o que pode ampliar a popularidade de Lula na região.
» Caos. Segundo dados desta semana do PNAD, Estados como Pernambuco e Alagoas apresentam números alarmantes de desemprego. A taxa de desocupação em Pernambuco chegou a 18,8%. Em São Luís, no Maranhão, a desocupação bateu em 19,8%.
Mágica. A oposição ao governador da Bahia, Rui Costa (PT), reconhece que ele é um forte adversário em 2018 não só porque tem a máquina, mas por ter se descolado da atual imagem negativa do PT.
» Agora vai. O TSE deve julgar amanhã o recurso do governador e vice-governador do Amazonas que tentam recuperar os mandatos cassados. O novo governador (a ser definido em 2º turno) só poderá ser diplomado após esse julgamento. Disputam Eduardo Braga e Amazonino Mendes.
COM NAIRA TRINDADE. COLABORARAM TÂNIA MONTEIRO E RAFAEL MORAES MOURA