Um ponto que não alivia a pressão
Na matemática contra o rebaixamento, Avaí e São Paulo fizeram um confronto direto no qual o objetivo era não deixar o adversário somar três pontos e abrir vantagem. Em jogo com esse cenário, a postura não poderia ser outra: marcação forte, pouca exposição, um ponto para cada time e o sentimento de que a pressão apenas aumentou para a próxima partida.
Ontem, em Florianópolis, Avaí e São Paulo empataram por 1 a 1. O resultado foi péssimo para o Tricolor, que voltou à zona do rebaixamento graças à vitória da Chapecoense contra o Palmeiras. Os dois gols saíram no segundo tempo, ambos de pênalti: Júnior Dutra abriu o placar para o Avaí; Hernanes empatou para o Tricolor.
O ponto somado leva o São Paulo para 23 pontos, na 17.ª colocação, na zona do rebaixamento. Com um ponto a menos o Avaí está em penúltimo.
Na próxima rodada os times encaram clássicos estaduais. O Avaí recebe a Chapecoense, domingo. No mesmo dia o São Paulo vai ao Allianz Parque enfrentar
o Palmeiras.
Após o jogo o técnico Dorival Júnior era o reflexo da confusão de sentimentos que o resultado trouxera. Um ponto como visitante pode ser considerado bom, mas, na atual fase, não resolve. Principalmente porque Bahia, Chapecoense e Vitória, adversários diretos, venceram. Para piorar, a esperada sequência de vitórias não acontece.
“Estamos aguardando por uma arrancada. Ela está demorando a acontecer. E isso acaba gerando uma ansiedade natural”, disse Dorival.
Autor do gol do São Paulo, Hernanes preferiu analisar o crescimento tático do time, em vez do resultado em si: “O ponto positivo é que fomos mais sólidos, sofremos um gol de pênalti, mas jogamos bem, defendemos bem. O goleiro deles fez boas defesas. Nossa equipe está se solidificando”.
O primeiro tempo foi fraco. Muita marcação, poucas chances de gols, cada bola disputada com intensidade.
Melhor em campo na etapa final, o clube catarinense abriu o placar aos 24 minutos. Capa cruzou e, antes da conclusão de Willians, Edimar derrubou o atacante do Avaí. Pênalti que Júnior Dutra cobrou e marcou seu quinto gol na competição.
Em desvantagem e, àquela altura, na zona do rebaixamento, o São Paulo saiu desesperado ao ataque. Na pressão, conseguiu um pênalti após Pedro Castro colocar a mão na bola involuntariamente. Hernanes cobrou no canto direito de Douglas, que chegou a tocar na bola. /