Janot denuncia Jucá por suposta venda de MP
O procurador-geral, Rodrigo Janot, ofereceu denúncia no STF contra o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O peemedebista é investigado na Operação Zelotes por suposto favorecimento, em uma medida provisória, ao Grupo Gerdau em troca de doações. Ele nega.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, suscitou à presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, duas arguições de impedimento, suspeição e incompatibilidade do ministro Gilmar Mendes, relator na Corte dos habeas corpus em favor dos empresários Jacob Barata Filho e Lélis Marcos Teixeira.
Ambos são alvo da Operação Ponto Final, que investiga crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por uma suposta organização criminosa que estaria atuando no governo do Rio, de 2007 até os dias atuais.
As petições foram encaminhadas ontem a pedido dos procuradores da República da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio. Conforme uma das arguições, as causas são “múltiplas”. “Há entre eles (o ministro e Barata) vínculos pessoais que impedem o magistrado de exercer com a mínima isenção suas funções no
• Funaro
O corretor Lúcio Funaro deixou o Complexo Penitenciário da Papuda e voltou para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde trata de sua delação. A transferência foi solicitada pelo Ministério Público Federal. processo”, escreveu Janot.
Relação.
Em 2013, Gilmar foi padrinho de casamento do sobrinho de sua mulher com a filha de Barata Filho. Além disso, segundo o MPF, Barata Filho é sócio do cunhado do ministro.
O empresário, conhecido como o “rei do ônibus”, e Teixeira foram presos no dia 2 de julho. Quinze dias depois, Gilmar aceitou o pedido de liberdade da defesa para transformar a prisão em medidas cautelares alternativas. No mesmo dia, o juiz federal Marcelo Bretas expediu novo pedido de prisão referente a outro processo. No dia 18, Gilmar revogou a prisão.
“Não há suspeição”, disse ontem o ministro, ao participar do “Fórum Estadão – Reforma Política em Debate”.