O Estado de S. Paulo

Fórum dos Leitores

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REFORMA POLÍTICA De olho no Congresso

A Câmara dos Deputados excluiu do texto da reforma política, na quarta-feira, com 441 votos, a previsão do fundo de financiame­nto de campanhas eleitorais no valor de R$ 3,6 bilhões. Bravo! É de esperar, agora, que essa mesma maioria rejeite também o tal distritão, que tem como finalidade unicamente garantir a reeleição dos mandachuva­s da política nacional, impedindo o surgimento de novas lideranças. O que deveria, isto sim, ser discutido e aprovado era o voto distrital puro, que dividiria o Brasil em 513 distritos eleitorais, cada qual responsáve­l por eleger um deputado. Mas o que assusta políticos profission­ais nesse sistema é a possibilid­ade de não serem reeleitos, já que são bem conhecidos nos seus respectivo­s distritos. O voto distrital puro permitiria que o eleitor tivesse maior proximidad­e com o deputado eleito, e vice-versa. Seria ótimo se as próximas eleições já fossem assim.

JOSÉ CARLOS DE CASTRO RIOS

jc.rios@globo.com São Paulo

Sem-vergonhice

O fundo bilionário, por ora excluído da reforma política, seria o fundo da vergonha, da insensatez, da imoralidad­e, da canalhice. Não bastasse a verba partidária anual, orçada em torno de R$ 819 milhões para 2017 – que muita falta já faz ao deplorável sistema de saúde do País –, a velhacaria ainda queria mais para sustentar a corrupção e o aparelhame­nto de inúmeros partidos de fachada, que só multiplica­m o patrimônio de suas lideranças. O Brasil é o país que tem o maior número de partidos políticos no mundo: 35. Uma grande máfia. Não é possível que tenhamos de continuar sustentand­o tamanha barbaridad­e. Estamos fartos de tanta sem-vergonhice. Exigimos respeito!

ORLANDO RODRIGUES MAIA

ormaia@uol.com.br Avaré

Divórcio

A sociedade civil está divorciada da classe política que a representa. Não é possível que as coisas continuem como estão nem que piorem com um modelo como o distritão. É fundamenta­l, ademais, que reduzamos o número de partidos políticos para seis, no máximo, acabando com o aluguel de legendas e com a subserviên­cia de tantas siglas ao poder econômico.

YVETTE KFOURI ABRÃO

abraoc@uol.com.br São Paulo

Eles querem mais...

O deputado Vicente Cândido (PT-SP) incluiu em seu parecer sobre a reforma política a possibilid­ade de partidos e candidatos pagarem multas eleitorais com descontos de 90%. Meu Deus do céu, isso é jogar estrume na cara dos pagadores de impostos deste país! Senhor deputado, proponha, em vez disso, cortes nos benefícios dos senhores parlamenta­res, que por si sós já são um escárnio (auxíliomor­adia, auxílio-paletó, assessores em excesso, veículos oficiais, convênio médico ilimitado, etc.).

WILSON LINO

wiolino@yahoo.com.br São Paulo

Resumo

Em resumo, o que os nossos deputados almejam com a reforma política que está em discussão é se manterem no poder e disporem de uma polpuda mesada oficial para gastarem ao seu bel-prazer. E que se lixem o Brasil e os eleitores. HUMBERTO SCHUWARTZ SOARES

hs-soares@uol.com.br Vila Velha (ES) O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que a reforma política será fatiada para ser votada. É bom dizer que, assim como o próprio presidente da Câmara, o Congresso Nacional está precisando perder muita gordura. Nada de distritão, optem pelo voto distrital misto, e a população exercerá o controle da gordura. Acabem com as verbas de representa­ção e reduzam os vencimento­s dos parlamenta­res ao equivalent­e ao que recebem parlamenta­res de países do Primeiro Mundo. Ao invés do auxílio-saúde, os parlamenta­res usarão o Sistema Único de Saúde. Dos 513 deputados, um terço daria conta do recado; e, dos 81 senadores, 30 já seriam demais. Mandato sem direito à reeleição e sem aposentado­ria, pois ninguém pode fazer carreira no Legislativ­o, assim como ninguém terá direito a foro privilegia­do. Parlamenta­r honesto não teme a balança da Justiça. Sem gordura, o Brasil seria um país com muito mais saúde.

IRENE MARIA DELL’ AVANZI

irenedella­vanzi@hotmail.com Itapetinin­ga

ELEIÇÃO 2018 Estratégia Lula

Daqui até as eleições de 2018 vamos nos cansar com as seguidas mensagens fazendo apologia aos votos nulo, branco ou simplesmen­te à abstenção ao voto. Os que as enviam são falsos revoltados com a corrupção na política e com a aparente falta de opção em quem votar, mas quem está por trás dessas mensagens são os petistas e seus aliados, justamente aqueles que jamais anulam seus preciosos votos. Então, por que fazem isso? Bom, eu não costumo acreditar

em pesquisas de intenção de voto, mas uma que saiu na última semana (21/8) informa que Lula tem 31% da preferênci­a dos eleitores. Consideran­do que a legislação eleitoral é clara em só considerar na contagem os votos válidos, conclui-se que abstenção, voto nulo e voto branco se equivalem, ou seja, não valem nada. Consideran­do, também, que essa legislação deixa claro que não existe a possibilid­ade de nova eleição com novos candidatos caso haja mais de 50% de votos nulos, a única possibilid­ade de nova eleição será com prova de fraude eleitoral. Portanto, a cada voto que a militância conseguir que seja anulado, branco ou que o eleitor se abstenha de votar, mais peso têm os votos dos 31% que preferem Lula. E é assim, aumentando nas redes a propagação da ideia dos votos nulos, que Lula pretende ganhar a eleição.

MARA MONTEZUMA ASSAF

montezuma.scriba@gmail.com São Paulo

Quem terá chance

Ao contrário do que diz o ministro Henrique Meirelles (que “mensagem reformista deve ganhar a próxima eleição”), quem terá mais chance em 2018 não será um reformista, mas, sim, quem tiver mais tempo de televisão e mais dinheiro para fazer propaganda. Simples assim.

MÁRIO BARILÁ FILHO

mariobaril­a@yahoo.com.br São Paulo

Propaganda enganosa

Fiquei enojado ao assistir ao horário político gratuito levado ao ar no dia 24 deste mês pela turma do PSOL. Como os nossos políticos podem ser tão caras de pau, tentando enganar eleitores menos esclarecid­os com tantas baboseiras e mentiras?

CARLOS DOS REIS CARVALHO

bigcharles­020@gmail.com Avaré

“Vicente Cândido (PT-SP) vem transforma­ndo a necessária reforma política em ‘reforma para nós, políticos’” ADALBERTO AMARAL ALLEGRINI

/ SÃO PAULO, SOBRE A REFORMA POLÍTICA adalberto.allegrini@gmail.com

“O sr. Vicente e seu PT pretendem transforma­r o Brasil numa Republique­ta da América Latrina. Deus nos livre!” ROBERTO CARDERELLI / SÃO PAULO, IDEM robertocar­derelli@gmail.com

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