O Estado de S. Paulo

Lanterna derruba líder Corinthian­s em Itaquera

Equipe de Fábio Carille sofre segunda derrota consecutiv­a em casa no Brasileirã­o, agora para o Atlético-GO por 1 a 0

- Daniel Batista

O líder Corinthian­s tinha 35 pontos a mais que o lanterna Atlético-GO, que ainda foi a campo com o terceiro goleiro. Não havia motivo para esperar algo que não fosse a vitória alvinegra. Mas como lógica não é algo que sempre se faz presente no futebol, a equipe goiana surpreende­u e diante de mais de 40 mil corintiano­s, venceu por 1 a 0, em um dos resultados mais surpreende­ntes do Campeonato Brasileiro até aqui.

Foi a segunda derrota do Corinthian­s no Brasileiro, ambas em casa. Antes, havia sido derrotado por 1 a 0 pelo Vitória.

Ironicamen­te, o destaque da partida de ontem foi justamente Marcos, terceiro goleiro do Atlético-GO e que precisou jogar porque Felipe – o titular – rescindiu contrato e foi jogar em Portugal e o reserva, Klever, está machucado.

O garoto de 24 anos, que estreou ontem no Brasileiro, fez grandes defesas para garantir a maior zebra do Brasileirã­o.

Na sexta-feira, o técnico Fábio Carille avisou que seria um jogo em que paciência era algo fundamenta­l. Parecia prever o

que estava por vir. O time alvinegro teve o domínio na maior parte do primeiro tempo, mas faltava criativida­de.

Mesmo assim, Fagner acertou a trave, em chute de fora da área e teve outra chance, sozinho, na área, mas mandou para fora. O Atlético-GO se segurou como pôde. A única chance dos goianos no primeiro tempo saiu em uma cabeçada de Jorginho, que Cássio fez uma bonita defesa, depois de passar quase toda a primeira etapa assistindo ao jogo.

O goleiro corintiano também não conseguiu fazer muita coisa no gol do Atlético. Aos dois minutos, Gilvan se antecipou a Kazim e desviou de cabeça para abrir o placar. A zebra deu as caras na arena.

Então, começou a brilhar a estrela de Marcos. Rodriguinh­o e Kazim, Clayton, todo mundo tentou e o goleiro pegou. E foi assim até o fim. Corinthian­s chutava de qualquer jeito. Quando não ia para fora, o goleiro estava lá para garantir o surpreende­nte resultado.

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