Jovem é vítima de estupro à tarde na Av. Paulista
Ela foi atacada ontem dentro de um ônibus por homem que já havia sido detido duas vezes por crimes sexuais; passageiros chamaram a polícia
Uma jovem de 23 anos foi vítima de estupro em um ônibus na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, na tarde de ontem. Os policiais prenderam em flagrante o ajudante geral Diego Ferreira Novais, de 27 anos, suspeito do crime. Segundo a Polícia Civil, ele já tinha outras duas passagens por crimes sexuais, a última delas no ano passado, por praticar ato obsceno.
Testemunhas relataram que a jovem estava sentada em um banco ao lado do corredor quando Novais, que estaria em pé na sua frente, tirou o pênis da calça e ejaculou em cima da vítima. Os dois viajavam em um ônibus da Linha 917 M-10 (Morro Grande-Metrô Ana Rosa).
Logo após o crime, o motorista parou o veículo, perto do cruzamento da Paulista com a Alameda Joaquim Eugênio de Lima, e mandou todos os passageiros descerem. O agressor ficou retido no veículo e testemunhas ligaram para a Polícia Militar, por volta das 13h20.
Muito abalada, a jovem ficou sentada em um canteiro, onde recebeu ajuda de desconhecidas, que logo ligaram para a sua família. Várias pessoas ofereceram de palavras de consolo até companhia para ir ao 78.º DP, onde o caso foi registrado.
Da multidão, outras pessoas gritavam por “justiça”, além de xingarem e ameaçarem o suspeito de linchamento. Os PMs chegaram rápido, em bicicletas e motos, e se revezaram para ficar com o homem. Transferido para a carceragem da Polícia Civil, o suspeito será apresentado hoje a um juiz no Fórum da Barra Funda, zona oeste.
À noite, o Estado foi procurado por uma jovem de 24 anos que passou por um caso semelhante em março deste ano. A estudante de 24 anos, que preferiu não ter o nome revelado, estava sentada no ônibus na Avenida Paulista, quando um homem se aproximou e encostou o pênis nela. Após ela gritar e denunciá-lo, o agressor conseguiu fugir, mas pessoas na rua conseguiram segurá-lo até a polícia chegar. No boletim de ocorrência, o nome e a idade do agressor são os mesmos do episódio de ontem. O caso de março foi enquadrado como “importunação
ofensiva ao pudor”.
Recorrente. O caso da Paulista aconteceu um dia depois de a escritora Clara Averbuck, de 38 anos, relatar nas redes sociais
ter sido vítima de estupro e agressão física cometidos por um motorista do Uber. “Estou mais forte, vou ficar mais e ninguém me derruba”, declarou a escritora em seu Instagram.