O Estado de S. Paulo

Jovem é vítima de estupro à tarde na Av. Paulista

Ela foi atacada ontem dentro de um ônibus por homem que já havia sido detido duas vezes por crimes sexuais; passageiro­s chamaram a polícia

- Facebook. Curta a página do Metrópole facebook.com/metropolee­stadao Felipe Resk Marianna Holanda

Uma jovem de 23 anos foi vítima de estupro em um ônibus na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, na tarde de ontem. Os policiais prenderam em flagrante o ajudante geral Diego Ferreira Novais, de 27 anos, suspeito do crime. Segundo a Polícia Civil, ele já tinha outras duas passagens por crimes sexuais, a última delas no ano passado, por praticar ato obsceno.

Testemunha­s relataram que a jovem estava sentada em um banco ao lado do corredor quando Novais, que estaria em pé na sua frente, tirou o pênis da calça e ejaculou em cima da vítima. Os dois viajavam em um ônibus da Linha 917 M-10 (Morro Grande-Metrô Ana Rosa).

Logo após o crime, o motorista parou o veículo, perto do cruzamento da Paulista com a Alameda Joaquim Eugênio de Lima, e mandou todos os passageiro­s descerem. O agressor ficou retido no veículo e testemunha­s ligaram para a Polícia Militar, por volta das 13h20.

Muito abalada, a jovem ficou sentada em um canteiro, onde recebeu ajuda de desconheci­das, que logo ligaram para a sua família. Várias pessoas ofereceram de palavras de consolo até companhia para ir ao 78.º DP, onde o caso foi registrado.

Da multidão, outras pessoas gritavam por “justiça”, além de xingarem e ameaçarem o suspeito de linchament­o. Os PMs chegaram rápido, em bicicletas e motos, e se revezaram para ficar com o homem. Transferid­o para a carceragem da Polícia Civil, o suspeito será apresentad­o hoje a um juiz no Fórum da Barra Funda, zona oeste.

À noite, o Estado foi procurado por uma jovem de 24 anos que passou por um caso semelhante em março deste ano. A estudante de 24 anos, que preferiu não ter o nome revelado, estava sentada no ônibus na Avenida Paulista, quando um homem se aproximou e encostou o pênis nela. Após ela gritar e denunciá-lo, o agressor conseguiu fugir, mas pessoas na rua conseguira­m segurá-lo até a polícia chegar. No boletim de ocorrência, o nome e a idade do agressor são os mesmos do episódio de ontem. O caso de março foi enquadrado como “importunaç­ão

ofensiva ao pudor”.

Recorrente. O caso da Paulista aconteceu um dia depois de a escritora Clara Averbuck, de 38 anos, relatar nas redes sociais

ter sido vítima de estupro e agressão física cometidos por um motorista do Uber. “Estou mais forte, vou ficar mais e ninguém me derruba”, declarou a escritora em seu Instagram.

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