O Estado de S. Paulo

Almoço começa a definir troca de comando na PF

- ANDREZA MATAIS MARCELO DE MORAES COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/

Atroca de comando da PF começou a se definir ontem na mesa de um restaurant­e de Brasília. No almoço estavam o ministro da Justiça, Torquato Jardim, o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, e o delegado Rogério Galloro, mais cotado para assumir a vaga. Daiello já avisou ao governo que deseja se aposentar, mas sua substituiç­ão é difícil porque ele é o fiador da Lava Jato na PF. A troca é discutida com cautela justamente para afastar suspeitas de que ele está sendo apeado para evitar que as investigaç­ões avancem ainda mais sobre o governo.

» Saia-justa. A oferta da candidatur­a pelo PMDB ao governo de Pernambuco para o senador Fernando Bezerra (PSB) causou malestar nos partidos de oposição ao governador Paulo Câmara (PSB).

» Na janela? Uma frente de oposição, que inclui o PMDB, está sendo construída no Estado. E membros desse grupo lembram que Bezerra era aliado de Câmara até há pouco tempo para postular a cabeça da chapa.

» Mais uma vez. Com nova denúncia vindo, aliados palacianos de Michel Temer voltaram a desconfiar que Rodrigo Maia possa trabalhar para que ela seja aceita, abrindo chances para que se torne presidente. Maia está irritadíss­imo com essa desconfian­ça. » Não desistem nunca. Longe dos holofotes, o PSDB faz uma nova investida para tirar Tasso Jereissati da presidênci­a do partido antes que uma segunda denúncia contra Michel Temer chegue à Câmara.

» Para evitar a saída. Uma ala da alta cúpula do PSDB teme que Tasso Jereissati se rebele novamente instigando tucanos a deixar o governo caso Michel Temer seja denunciado de novo por Rodrigo Janot.

» Surpresa! A diretoria da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) foi surpreendi­da ontem ao saber que havia alugado o auditório da sua sede para evento que teria como estrela a ex-presidente Dilma Rousseff e com o tema “um ano do golpe”. » Pedalada. O presidente da ABI, Domingos Meirelles, disse à Coluna que os contratant­es do evento não informaram à instituiçã­o do que se tratava. “Deveriam ter nos avisado. Em nenhum momento se identifica­ram”, conta.

» É cash. O aluguel do auditório foi pago em dinheiro vivo pelo deputado Wadih Damous (PT-RJ), que desembolso­u R$ 4 mil. “Não lembro como paguei e o fiz porque é um ato do meu mandato”, explicou. » Sem badalar. André Fufuca, que completou 28 anos no domingo, recebeu conselhos de aliados próximos para evitar baladas em Brasília enquanto está na presidênci­a da Câmara. Querem que ele fique mais contido.

» Ele vive. Nos corredores da Receita Federal, o Refis ganhou um apelido: Elvis. Porque nunca morre. Quando uma renegociaç­ão de dívidas está terminando, logo vem outra.

» Praga. As sucessivas reedições do Refis viraram um problema sério para a arrecadaçã­o federal. As empresas deixam de pagar impostos, contando com outra renegociaç­ão camarada mais à frente.

» Prece. O ministro Edson Fachin, do STF, recebeu um bilhete na missa dia desses. Uma senhora rasgou o folheto e escreveu mensagem de apoio à Lava Jato. COM NAIRA TRINDADE. COLABOROU LU AIKO OTTA

 ?? COLUNA DO ESTADÃO ?? » CLICK. O almoço foi em clima descontraí­do, bem diferente de quando o ministro (à esq.) chegou ao cargo. Torquato é o 7º chefe de Daiello (à dir), na PF desde 2011.
COLUNA DO ESTADÃO » CLICK. O almoço foi em clima descontraí­do, bem diferente de quando o ministro (à esq.) chegou ao cargo. Torquato é o 7º chefe de Daiello (à dir), na PF desde 2011.

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