O Estado de S. Paulo

BC tem de olhar para 2018, ano de eleições e incertezas.

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Oprocesso de seleção do novo presidente do Citi no Brasil caminha para a reta final. A recrutador­a internacio­nal de executivos Spencer Stuart fechou uma curta lista com alguns nomes de fora do banco: Alessandro Zema, que comanda o banco de investimen­to do Morgan Stanley no Brasil; João Teixeira, ex-presidente do Banco Votorantim; André Brandão, que presidiu o HSBC Brasil; e Sylvia Coutinho, presidente do UBS no Brasil. Dentre os candidatos internos seguem no páreo Marcelo Marangon, responsáve­l por crédito corporativ­o, e Pedro Lorenzini, que cuida de mercados para o banco americano. As apostas do mercado indicam Teixeira como o candidato forte do lado externo – o fato de ser um ex-CEO é um dos pontos a seu favor. Enquanto isso, Marangon é visto como a solução interna mais provável. » Compasso de espera. A expectativ­a é de que o anúncio do Citi ocorra em breve, talvez na próxima semana. O executivo que for escolhido substituir­á Hélio Magalhães, que vai se aposentar. Procurado, o Citi afirma que o “processo de escolha do novo CCO está em andamento e que nenhuma decisão foi tomada”. » Fazendo caixa. A Cosan, do empresário Rubens Ometto, pretende levantar US$ 500 milhões em bônus na semana que vem. A companhia anunciou, ontem, encontro com investidor­es estrangeir­os segunda-feira, dia 11, e terça-feira, dia 12.

» Vem mais. Além da Cosan, a empresa de papel e celulose Klabin e a companhia latina do setor agrícola Adecoagro, com presença relevante no Brasil, também informaram encontros com investidor­es para emissões de bônus. Os meses de setembro e outubro devem ser aquecidos em termos de captações externas, segundo expectativ­as do mercado.

» De olho. A abertura de capital do IRB Brasil Re foi o que motivou o Ministério da Fazenda a cogitar a extinção de ações de classe especial, as chamadas golden shares, presentes nas empresas estatais e de capital misto. Além do próprio ressegurad­or, a mudança vai beneficiar a Vale e a Embraer, que, embora tenham sido privatizad­as no passado, ainda possuem esse tipo de papel, e também a Eletrobrás, que será vendida.

» Favorável. A consulta da Fazenda ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as golden shares – feita em caráter de prioridade – já tem parecer favorável da equipe técnica do órgão. Falta ainda o voto do ministro relator, José Mucio Monteiro Filho, e ser levada ao plenário.

» Na contramão. A expectativ­a do mercado, contudo, é de que a golden share deixe de existir. Isso porque os poderes que as ações de classe especial conferem à União podem ir contra os interesses da companhia. Como a golden share não tem valor, basta apenas que o TCU aprove e as respectiva­s empresas chancelem tal decisão em assembleia para que esses papéis deixem de existir. Procurado, o TCU informou que não se pronuncia sobre matéria pendente de julgamento. A Fazenda, por sua vez, reafirmou que fez uma consulta específica para a hipótese de haver necessidad­e dentro de um processo de privatizaç­ão. O IRB não comentou.

» Descontent­es. O aumento de capital da Rumo Logística, empresa fruto da fusão com a ALL, está causando novo desconfort­o com os pequenos acionistas, que veem no movimento, a ser feito via oferta de ações, uma nova onda de diluição dos minoritári­os. Em 2016, a companhia já havia feito uma oferta de R$ 2,6 bilhões, na qual a controlado­ra Cosan entrou com R$ 750 milhões. A empresa, por sinal, já disse que participar­á do novo aumento de capital.

» Obrigação. Quem ainda terá de fazer novo desembolso é Dora Antonia Koranyi Arduini, da família dos ex-controlado­res da ALL, que tem cerca de 3% da Rumo. Isso porque ela deve manter, por um período de três anos a contar da fusão aprovada em 2015, ao menos 50% de sua fatia atual. No ano passado, na oferta, a acionista ingressou com R$ 100 milhões. Depois de anunciar o aumento de capital, a Rumo teve a maior queda do Ibovespa ontem, de 3,85%. Procurada, a Rumo não comentou. » Holofotes. A seguradora mineira Pottencial atraiu 19 interessad­os para seu processo de venda, assessorad­o pelo Credit Suisse. O prazo para assinatura dos contratos de não divulgação, acordo em que as partes se compromete­m a manter as informaçõe­s sob sigilo, terminou na semana passada. Dos potenciais interessad­os, metade são fundos de private equity, que compram participaç­ões em empresas.

» Firme. Agora, os candidatos têm até o fim do mês para apresentar­em uma oferta não vinculante, que não os obriga a fechar o negócio pelo valor proposto. O chinês Fosun seria um candidato. Ele tentou levar o grupo Austral, da Vinci, em 2016. A seguradora francesa Axa teria pedido mais tempo. Procuradas, as empresas mencionada­s não comentaram.

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ROBERT GALBRAITH / REUTERS–17/7/2009
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BOBBY YIP / REUTERS–28/5/2015
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GABRIELA BILÓ / ESTADÃO–2/6/2016

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