O Estado de S. Paulo

Doria faz primeira alteração em ciclofaixa­s de SP

Gestão cria rotas na zona oeste e na zona leste, mas desativa opção na zona sul paulistana; plano geral deve ser entregue este mês ao MP

- / B.R.

A gestão João Doria (PSDB) inaugura hoje duas novas ciclofaixa­s de lazer na capital paulista, nas zonas leste e oeste da cidade. Por outro lado, anunciou o fechamento de uma terceira, na zona sul. É a primeira mudança no esquema das faixas, que funcionam nos feriados e fins de semana, desde que o prefeito assumiu, em janeiro.

As ciclofaixa­s têm a manutenção paga por um banco, em parceria com a Prefeitura. Elas funcionam das 7 às 16 horas e são feitas com cones de segurança enfileirad­os ao redor de vias comuns, com agentes de orientação em cruzamento­s e outros pontos de interesse.

Na zona oeste, a nova faixa tem 7,4 quilômetro­s de extensão (trajeto ida e volta) e liga os Jardins a Pinheiros. Ela começa na Avenida Brasil, desde o Parque do Ibirapuera, e vai até a Avenida Rebouças. Ali, continua pela Henrique Schaumann até a Rua Cardeal Arcoverde.

Depois, vai pela Avenida Paulo VI até a Rua Lisboa.

Na zona leste, a nova rota exclusiva é menor, com 4,2 quilômetro­s de extensão, e liga os bairros de Artur Alvim e Itaquera. Ela vai pela Avenida Calim Eid, entra no Viaduto Milton Leitão, continua na Avenida José Pinheiros Borges e Rua Engenheiro Sidney Aparecido de Morais, nas imediações da Estação Itaquera do Metrô.

A inauguraçã­o das faixas está na agenda oficial do prefeito hoje. Assim que foi eleito, Doria buscou se aproximar dos ciclistas e chegou a fazer fotos com os principais líderes do setor. A relação se deteriorou após a confirmaçã­o da promessa de campanha de aumentar o limite de velocidade das Marginais, que terminou com ação judicial – já vencida por Doria.

Segundo a Prefeitura, as novas faixas “fazem parte da política de incentivar o uso de bicicletas como meio de transporte e lazer”. Há o compromiss­o de que um novo plano cicloviári­o seja apresentad­o ao Ministério Público Estadual ainda neste mês. Um dos temores dos ciclistas é a desativaçã­o de ciclovias, que seriam trocadas por ciclorrota­s – locais onde carros e bicicletas convivem sem separação.

Fim. Ao redor da Represa do Guarapiran­ga, a ciclofaixa de 11 quilômetro­s não será montada a partir de hoje, conforme adiantou o blog São Paulo na Bike, do consultor de mobilidade Alex Gomes, no portal do Estado.A decisão foi criticada por usuários. “Eu e meu cunhado usávamos como treino de subidas, e eu também passava por ela quando trabalhava aos domingos. É uma decisão triste”, afirmou o técnico de refrigeraç­ão Nelson Rodrigues, de 60 anos.

A Prefeitura informou, por nota, que a decisão de fechar a ciclofaixa foi tomada com base em critérios técnicos e se deu pelo baixo número de frequentad­ores. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), porém, não apresentou números sobre a circulação de ciclistas. “Próximo do trajeto que está sendo desativado, existe uma ciclovia fixa que poderá suprir as necessidad­es dos poucos ciclistas e pedestres habituais da área”, informa a nota.

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NA WEB Portal. Como o paulistano se desloca na cidade estadao.com.br/e/mobilidade

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