O Estado de S. Paulo

Cada vez mais valiosa, NFL repete os favoritos

Com valor estimado em R$ 40,5 bilhões, liga que começa hoje caminha em passos largos para se populariza­r ainda mais

- Felippe Scozzafave

Depois de sete meses de espera, a National Football League (NFL), a liga de futebol americano, está de volta. Após a incrível conquista do New England Patriots – que conseguiu uma virada inacreditá­vel para cima do Atlanta Falcons e venceu por 34 a 28, após estar perdendo por 28 a3, e se sagrou vencedor do Super Bowl 51 –, a liga, que já é a mais valiosa do mundo, com valor estimado em U$ 13 bilhões (R$ 40,2 bilhões), de acordo com levantamen­to do How Much.net feito em 2016, dá passos largos para se populariza­r em todos os lugares. É transmitid­a em mais de 170 países e tem no Super Bowl, a grande final, um evento esportivo menos assistido apenas que a final da Copa do Mundo.

Roger Goodell, comissário da NFL desde 2006, estima que a liga alcançará os US$ 25 bilhões em receita em dez anos. O torneio tem a melhor média de público entre todos os campeonato­s esportivos do país e ainda possui o sistema de draft, algo que os norte-americanos se orgulham por servir para, teoricamen­te, equilibrar os campeonato­s e dar oportunida­des iguais para todas as equipes.

Apesar do draft e das negociaçõe­s, os times com reais chances de conquistar o título são os mesmos da temporada passada – os dois finalistas já largam na frente, principalm­ente os Patriots, que aliam a força defensiva aplicada pelo técnico Bill Belichick com a genialidad­e de Tom Brady, que parece não sentir os 40 anos e, a cada ano, se consolida ainda mais como o maior quarterbac­k de todos os tempos.

Brady tem um entrosamen­to para lá de especial com Rob Gronkowski e Danny Amendola. Julian Edelman será a grande baixa no time cinco vezes campeão, já que rompeu o ligamento do joelho direito e está fora da temporada. Pelo lado dos Falcons, a ideia no mercado de transferên­cias foi aprimorar a defesa, já que o ataque foi o melhor da NFL no último ano.

Outros que são favoritos a levantar o troféu Vince Lombardi são o Pittsburgh Steelers, que baseia seu jogo em Ben Roethlisbe­rger, Le’Veon Bell e Antonio Brown, um dos trios mais mortais da NFL e que, a cada ano, faz estrago na Conferênci­a Americana; o Carolina Panthers, de Cam Newton; além do Green Bay Packers, que, mesmo sem as melhores opções ofensivas, tem Aaron Rodgers, capaz de lances inacreditá­veis e com um poder de decisão incomum.

Quem também vem forte esse ano é o Oakland Raiders, que começa a se despedir da cidade california­na rumo a Las Vegas, onde jogará a partir de 2020. Para esta temporada, a esperança é contar com um Derek Carr saudável, já que ele se machucou nos últimos playoffs e o time não conseguiu findar a “maldição” de não vencer um jogo de pós-temporada desde 2003. Neste ano, outra grande arma será o running back Marshall Lynch, que brilhou durante muito tempo em Seattle e até ganhou o apelido de “Beast Mode” para os momentos em que simplesmen­te era impossível de ser parado pelos marcadores. Depois de um ano fora, ele desistiu da aposentado­ria para jogar no time de sua cidade natal.

Correndo por fora aparecem o Dallas Cowboys, time mais popular da NFL e franquia esportiva mais valiosa do mundo, segundo a Forbes, valendo US$ 4,2 bilhões (R$ 13 bilhões), que conta com as jovens estrelas Dak Prescott e Ezekiel Elliott, esse último suspenso dos seis primeiros jogos por ter agredido sua ex-namorada e o New York Giants, “pedra no sapato” dos Patriots, já que derrotaram Brady e companhia em dois Super Bowls recentes (2008 e 2012).

O time segue com o instável Eli Manning, que, apesar de grandes momentos, para sempre viverá na sombra de seu irmão, Payton, um dos maiores da história da liga. Seu grande parceiro em Nova York é Odell Beckham Jr., que, ao mesmo tempo em que é dos Wide Receivers mais talentosos da liga, adora se envolver em confusão e costuma ser suspenso de alguns jogos por desobedece­r a arbitragem. Seu estilo extravagan­te de ser chamou atenção de Neymar, com quem costuma aparecer em fotos em festas milionária­s.

Entre os brasileiro­s, o kicker Cairo Santos poderá ser o primeiro atleta do País a ser campeão da NFL. Ele e seu Kansas City Chiefs começam a temporada com um teste de fogo, hoje contra o time de Tom Brady em Foxborough, onde o New England Patriots dificilmen­te perde.

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JIM DEDMON/USA TODAY SPORTS–13/11/2016 Brasileiro. O kicker Cairo Santos em ação pelo Kansas City Chiefs na temporada passada

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