O Estado de S. Paulo

Medo do Irma leva 6,3 milhões de americanos a deixar moradias

Furacão foi rebaixado para categoria 3 em Cuba, mas ganharia força no caminho para a Flórida

- / AP e AFP

Ao menos 6,3 milhões de pessoas foram orientadas a deixar áreas costeiras da Flórida e da Geórgia para fugir do furacão Irma, que deve atingir os Estados Unidos na madrugada de hoje. É a maior retirada em massa da história do país em razão de um evento climático. Na Flórida, um quarto da população tem de sair de casa. Nos últimos dias, o furacão destruiu ilhas do Caribe e deixou 19 mortos.

Ao menos 6,3 milhões deveriam deixar suas casas ontem nas áreas costeiras da Flórida e da Geórgia para fugir da fúria do Furacão Irma, que, segundo meteorolog­istas, ganharia força antes de atingir os EUA na madruga de hoje. É a maior retirada em massa da história do país em razão de um evento climático.

Na rota da tempestade estavam as Flórida Keys – conjunto de pequenas ilhas a sudoeste de Miami –e a cidade de Tampa. As primeiras chuvas já eram sentidas nas ilhas na manhã de ontem. A turística Miami Beach estava como uma cidade fantasma ontem. O olho do furacão não deveria atingir a cidade de Miami, mas ela sentiria os grandes efeitos do ciclone.

O governador da Flórida, Rick Scott, fez ontem um último apelo às pessoas que ainda hesitavam em deixar a área na mira do furacão. “Se você planeja sair e não o fizer até a noite de hoje (ontem), você está por sua conta e risco”, disse.

“Acontecerã­o flutuações de intensidad­e, mas acreditamo­s que o Irma continuará sendo um furacão poderoso enquanto se aproxima da Flórida”, advertiu o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA.

O Irma afetou gravemente Cuba, onde o cenário era de árvores e postes elétricos derrubados. Com rajadas de até 256 km/h no momento do impacto, o Irma foi o furacão mais poderoso cujo olho afetou diretament­e a ilha desde 1932. Ondas de até sete metros foram registrada­s na costa norte pelo instituto meteorológ­ico cubano, Insmet. Mais de 1 milhão de pessoas deixaram suas casas nas zonas vulnerávei­s do país.

O furacão perdeu força ao passar pela ilha e foi rebaixado para a categoria 3, com ventos de 205 km/h, mas voltaria a ganhar força assim que seu centro deixasse Cuba e voltasse para o Mar do Caribe.

Na sexta-feira, o NHC chegou a rebaixar o Irma da categoria 5, a mais alta da escala, para 4. No entanto, logo depois o furacão subiu novamente para a categoria máxima com ventos acima de 250 km/h. Mesmo com a variação de categorias, a tempestade continuava perigosa.

Nos últimos dias, ele destruiu ilhas do Caribe, onde deixou 25 mortos. A França informou que enviará milhares de soldados para São Bartolomeu e Saint Martin para fazer a segurança e conter saques e invasões de propriedad­es destruídas.

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JOE RAEDLE/AFP Alerta. Cidade de Miami deve sentir os efeitos do ciclone

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