O Estado de S. Paulo

Fiel da balança

- ANTERO GRECO E-MAIL: ANTERO.GRECO@ESTADAO.COM TWITTER: @ANTEROGREC­O

OSantos deu rateadas no Brasileiro. Nas últimas rodadas, tem andado em marcha lenta, com a coleção de empates que o impede de avançar. Com 38 pontos, permanece no bloco de cima, com distância razoável atrás do Grêmio, o segundo colocado, e um bocado longe do líder Corinthian­s (50).

Pois bem, hoje joga cartada decisiva, para seu futuro e o dos demais concorrent­es. O desafio é brecar o Corinthian­s, no clássico da tarde. Levir Culpi e rapazes têm obrigação de ganhar, se quiserem manter sonho de título. Sem conversa de meio-termo. Novo empate será desastroso.

Na teoria, o momento é adequado para forçar a reviravolt­a. Raras vezes o adversário esteve vulnerável como agora. Em três partidas no returno, os corintiano­s caíram duas vezes, em casa, e fizeram 1 a 0 na Chapecoens­e no sufoco. Ou seja, o esquema imbatível empregado por Fábio Carille, na primeira parte do campeonato, mostra rachaduras.

O problema está no Santos. Levir não fez o time deslanchar desde que substituiu Dorival Júnior. Certo que lhe deu maior estabilida­de e o recolocou na rota da briga pela taça da Libertador­es, apesar de não ter mostrado mesmo sucesso na Copa do Brasil. No entanto, falta o “algo mais”, o toque de classe, o requinte para ser confiável.

A prova pode surgir no clássico paulista com mais tempo de história. Levir abre mão de Nilmar, por questão física. Em contrapart­ida, tem a maior parte dos titulares em boas condições. Dá para contar nos dedos os ocasiões em que escalou força máxima ou próxima disso. Importante que terá a espinha dorsal formada por Vanderlei, Zeca, Renato, Lucas Lima, Ricardo Oliveira.

No Corinthian­s, não foi aceso o farol amarelo. As derrapadas domésticas, diante de rivais desesperad­os (Vitória e Atlético-GO), serviram pra turma de Carille botar pés no chão. Não, ninguém desfilava com salto alto no Parque São Jorge, longe disso. O líder não é presunçoso, não tem mascarados.

Mesmo involuntar­iamente, a fase extraordin­ária provoca relaxament­o – e isso é normal. Ninguém é de ferro. Com tantas vitórias e alguns empates enfileirad­os, o ego infla e ocorrem descuidos, como as duas derrotas.

Houve turbulênci­a técnica, e aqui cabe uma observação. Os corintiano­s finalmente foram atingidos pelas baixas forçadas. Até nisso se viam privilegia­dos; ninguém se machucava, raras as suspensões. Os sobressalt­os vieram, com as mexidas na equipe e com a oscilação no desempenho de gente como Rodriguinh­o e Jadson, duas das referência­s do elenco. Outros também baixaram um tanto no nível.

Em resumo, o Corinthian­s entra na fase de maior provação. Com um detalhe óbvio e que pode passar batido por causa dos recentes tropeços: não está em crise, não se encontra atrás dos outros. Ao contrário, se mantém na frente, depende só de seus esforços para continuar com a Série A sob controle. Para acalmar-lhe, o Grêmio fez o favor de perder pro Vasco (1a 0). Fica, no mínimo, com os 7 pontos a mais.

Empate sofrido. O Palmeiras reclamou muito de Leandro Vuaden, no empate por 1 a 1 com o Atlético-MG. O árbitro foi bem nos pênaltis marcados e nas duas expulsões verdes. Errou ao não aplicar cartões amarelos em dois lances duros de atleticano­s. No fim das contas, o empate conquistad­o teve sabor heroico.

Empate preocupant­e. O São Paulo vencia por 2 a 0, jogo difícil, suado. Cedeu o empate, perdeu mais dois pontos. Segue o roteiro da Série B.

Está nos pés do Santos brecar nova fuga do líder Corinthian­s, após a derrota do Grêmio

“Medalha de lata”. Na crônica de quarta-feira, a respeito dos problemas de Carlos Nuzman com a MPF, escrevi que, em 2009, o prefeito do Rio era César Maia. Vacilo:o alcaide na época da escolha da sede olímpica para 2016 era Eduardo Paes.

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