A essência de Nobres em cinco passeios
Qualquer semelhança não é mera coincidência: a cidade usou Bonito (MS) como referência para promover seus encantos, como a flutuação em rios cristalinos
Rios de águas cristalinas perfeitos para flutuação, repletos de peixinhos, peixões e arraias, são o cartão-postal de Nobres. Com atrativos similares aos de Bonito, no Estado vizinho do Mato Grosso do Sul, a cidade “importou” de lá o modelo de visitação aos seus principais pontos turísticos.
O visitante precisa ir a alguma das agências locais para adquirir o voucher que será apresentado nas atrações – não é possível comprar na entrada e os preços são tabelados. A ideia, dessa forma, é movimentar toda a cadeia do turismo local, como explica Vicente Campos, dono da agência Anaconda e representante do Conselho Municipal de Turismo. Com o voucher, é possível ter um controle para que não seja ultrapassada a capacidade de carga nas atrações. Além disso, são recolhidos 1% para o Fundo de Turismo (Futur) municipal e 3% de ISS.
A maior parte dos atrativos se concentra no distrito de Bom Jardim (ou na vizinha Rosário), que também serve de ponto de apoio. Há doze anos, a infraestrutura turística ali era quase inexistente. Embora algumas atrações, como o Aquário Encantado, já recebesse visitas, não havia pousadas (a hospedagem se concentrava em casas de família) ou restaurantes.
Hoje, ainda se trata de um destino rústico, com ruas de terra e imóveis simples, mas a mudança é evidente. Segundo Vicente, já são 14 pousadas, 7 restaurantes e 12 agências de turismo, que vendem 25 atrações turísticas.
A flutuação é o carro-chefe, mas há outros programas. Para não comprometer as nascentes, protetor solar e repelente costumam ser proibidos: deixe para passar ao sair das atrações. Fique atento nas estradas: é comum avistar emas, tucanos e outros animais silvestres.