Alckmin vai antecipar agenda de campanha
Candidato ao Planalto, Geraldo Alckmin vai antecipar agenda do período eleitoral em busca de ideias para a campanha. Ele foca em logística e infraestrutura ao programar viagem de carro de Santarém (PA) até Cuiabá (MT). Quer aproveitar um feriado para percorrer os 1.775 km e ver problemas como escoamento de produção e condições de estradas. Também fará a rota Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). A interlocutores diz que não se trata de caravana como a de Lula, que considera ultrapassada por incluir discurso e claque.
» Escolado. Alckmin diz que na campanha de 2006 as viagens pelo País lhe tomaram muito tempo. Ao antecipar essa agenda, no período eleitoral poderá focar mais nas gravações dos programas e debates.
» Aplicado. O governador tem aproveitado as noites de sábado e domingo para estudar propostas para o País. Tem dito que ou o Brasil pega o rumo ou pode ir para um populismo fiscal de graves consequências.
» Modelo. Uma das inspirações de Alckmin para montar seu programa de governo na área de infraestrutura e desenvolvimento regional têm sido os programas Brasil em Ação e Avança Brasil, adotados no governo de Fernando Henrique.
» Bloco na rua. Com Lula ameaçado de não concorrer, o PT amplia a aposta em Fernando Haddad como plano B. Ontem, audiência em comissão do Senado, comandada pelo PT, se transformou em palco para Haddad fazer quase um ato de campanha.
» Palanque. O tema do evento era o Fundeb no Desenvolvimento Regional, mas Haddad aproveitou para defender a era petista e mandar o sapato em Michel Temer. “Ele não tem nenhuma legitimidade”, disse.
» Gravado. O microfone captou o momento em que o senador Tasso Jereissati disse reservadamente para um servidor do Senado que iria segurar tramitação de indicações para o Cade na Comissão de Assuntos Econômicos, que preside.
» Ordem. “Eu vou segurar isso, tá. Me lembra de segurar”, afirma. Os nomes foram indicados por Temer.
» Rombo. O ministro Bruno Dantas, do TCU, vai abrir processo para ouvir a Odebrecht e outras empreiteiras sobre fraudes a licitações e perdas de quase R$ 700 milhões no Comperj.
» Tique-taque. O desfecho pode ser a declaração de inidoneidade das firmas, caso não prospere a negociação com a Lava Jato, para preservar aquelas que fizeram acordos para “colaborar nas investigações”.
» Com a palavra. A Odebrecht diz que está colaborando com a Justiça para esclarecer todos os fatos. » Sem delongas. A um grupo de artistas, a ministra Cármen Lúcia disse que pautou a suspeição de Rodrigo Janot no caso JBS para a última semana dele na PGR por considerar que era melhor resolver isso logo.
» Mar de lágrimas. Não foi só o delator Joesley Batista que chorou ao entrar na cela da PF. O ex-ministro Geddel Vieira Lima chora todos os dias na Papuda.
» Pressão. O PMDB decide hoje se suspende a senadora Kátia Abreu (TO).
COM ANA POMPEU. COLABORARAM FÁBIO FABRINI E RAFAEL MORAES MOURA