Chavismo barra na ONU crítica a abusos
Denunciado por crimes contra humanidade, o governo de Nicolas Maduro conseguiu apoio suficiente para evitar que a ONU adote, por enquanto, qualquer tipo de medida contra Caracas. O Conselho de Direitos Humanos ouviu ontem a intervenção de diversos países, depois de o alto-comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid al-Hussein, opinar que as violações cometidas pelos chavistas poderiam ser consideradas crimes contra a humanidade.
Ele pediu a criação de uma comissão internacional de inquérito, mas nenhum país apresentou uma resolução nesse sentido. Governos latino-americanos consideram a possibilidade de fazer a proposta, mas não teriam votos suficientes para fazer frente ao bloco de apoio a Maduro.
O embaixador venezuelano, Jorge Valero, acusou o representante da ONU de “ingerência” e foi apoiado por governos o do Equador e do Egito. A China também trabalhou nos bastidores nos últimos dias para evitar que uma proposta concreta sobre a Venezuela ganhasse força. A Rússia criticou Hussein, alertando que ele “abandonou sua neutralidade”.
Falando em nome de 12 países, entre eles o Brasil, o Peru pediu a saída da Venezuela do Conselho de Direitos Humanos. Segundo fontes diplomáticas, haverá novo esforço para apresentar uma resolução até o fim do mês.