O Estado de S. Paulo

Furacão Maria atinge categoria máxima em rota pelo Caribe

Tormenta se aproxima de Dominica, já devastada pelo Irma, e deve chegar amanhã à República Dominicana

- WASHINGTON

O furacão Maria ganhou força ao longo do dia de ontem e chegou agora à categoria 5, a máxima na escala Saffir-Simpson, com ventos de 260 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC). A tormenta já começava a afetar a ilha caribenha de Dominica, menos de duas semanas depois de o furacão Irma devastar a região, informaram os meteorolog­istas.

Maria se tornou um furacão “potencialm­ente catastrófi­co” e “extremamen­te perigoso” e seu trajeto rumo ao nordeste, o levará amanhã a passar por Porto Rico.

Desde a tarde, moradores de Dominica, que tem 73 mil habitantes, reportaram nas redes sociais chuvas intensas, fortes ventos, inundações e ondas no litoral. Também reportaram árvores caídas e postes derrubados à medida que o clima se deteriorav­a ao longo do dia.

O primeiro-ministro de Dominica, Roosevelt Skerrit, ordenou aos moradores das áreas baixas que se retirassem para as zonas mais altas. “Não esperem que o rio transborde para então tentar cruzá-lo ou caminhar através de ruas inundadas”, advertiu em entrevista coletiva. Martinica suspendeu as aulas nas escolas e ativou todas as suas forças de segurança, como bombeiros, policiais, guardas e militares, assim como Guadalupe – ambas território­s da França.

As chuvas fortes em países montanhoso­s como Dominica e Santa Lúcia podem provocar deslizamen­tos e desabament­o de casas.

A Ilha de Santa Lúcia, com uma população de cerca de 180.000 habitantes, sofreu o impacto de Maria pouco dias depois de ter recebido provisões de emergência para as ilhas vizinhas castigadas pelo Irma. O premiê interino, Lenard Montoute, pediu aos moradores que se mantenham em alerta.

Ao norte das Antilhas Menores, em Antígua e Barbuda, os moradores passaram o dia colocando tapumes nas portas e janelas. Antígua não sofreu maiores danos na passagem de Irma, mas a maioria das casas de Barbuda, sua vizinha, foi destruída e centenas de pessoas ainda moram em refúgios.

Ian Edwards, empresário aposentado de 69 anos, contou que tinha tudo preparado para receber um furacão, pois ainda não voltou à normalidad­e depois do Irma. “Voltei a podar as árvores hoje e tudo o que preciso é fechar as basculante­s e rezar para que Maria seja gentil conosco”, disse.

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AFP Perigo. Maria se aproxima de Dominica com chuvas intensas

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