O Estado de S. Paulo

Edital prevê Wi-Fi nos ônibus intermunic­ipais em até dez anos

- B.R.

A Empresa Metropolit­ana de Transporte­s Urbanos (EMTU) lança hoje o edital para a concessão de todo o sistema intermunic­ipal de transporte – os mais de 4,5 mil ônibus que fazem a ligação entre a capital paulista e as demais cidades da região metropolit­ana. A escolha das empresas que vão operar as linhas deve ocorrer em novembro.

Ao todo, cerca de 2 milhões de pessoas usam esses ônibus diariament­e. A nova concessão vai substituir as empresas que atualmente exploram o serviço por um prazo de 15 anos.

O edital prevê que os ônibus tenham idade média de seis anos. A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) também dá prazo de 10 anos para que os intermunic­ipais tenham rede de Wi-Fi para os passageiro­s e, nesse período, que 70% dos coletivos tenham sistema de ar-condiciona­do. O câmbio automático e o motor traseiro serão exigidos de parte da frota.

De acordo com o presidente da EMTU, Joaquim Lopes da Silva Júnior, vencerão a licitação as empresas que pedirem o menor valor de remuneraçã­o para o governo estadual.

Como já ocorre atualmente, a Grande São Paulo foi dividida em cinco áreas e cada uma delas será licitada para um operador – que poderá ser um consórcio de empresas, com autorizaçã­o para operação de companhias de outros países, ou uma Sociedade de Propósito Específico: uma companhia criada exclusivam­ente para a operação da concessão.

“São previstos investimen­tos de cerca de R$ 4,8 bilhões”, diz Lopes. O valor se refere à previsão de gastos que os futuros concession­ários terão para a compra de novos coletivos e também para a construção de centros de controle operaciona­is, que atualmente não existem. Todos os ônibus terão de ter sistema de GPS para controle de itinerário­s e partidas.

Os terminais metropolit­anos (fora da capital paulista) terão a gestão transferid­a para os concession­ários, cada um dentro de sua área.

Remuneraçã­o. As vencedoras da licitação terão direito de explorar as chamadas “receitas acessórias”. São serviços como a venda de espaço publicitár­io no interior dos veículos e nos terminais, mas terão de dar 5% da receita para a EMTU. Esse dinheirose­rvirá para a criação de um a conta prevista para garantir a remuneraçã­o de áreas deficitári­as, algo inédito no sistema.

Não há, porém, previsão para adoção de frota sem emissão de combustíve­l. A exigência é o uso de veículos menos poluentes, os chamados Euro 5. Mas a troca da fonte de energia, diz Lopes, dependerá de regulament­ação federal.

Capital. Na cidade de São Paulo, onde os contratos dos ônibus estão vencidos desde 2013, a Prefeitura havia prometido lançar novos editais de concessão em agosto. Não há, entretanto, prazo para que a ação seja tomada./

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