O Estado de S. Paulo

Vendas de tablets caem 8% no segundo trimestre, segundo IDC

Fabricante­s tiveram queda de 11% na receita no mesmo período; recuo nas vendas era esperado pelo mercado

- Circe Bonatelli /COLABOROU CAROLINA INGIZZA

As vendas de tablets no Brasil caíram 8% no segundo trimestre de 2017 em comparação ao mesmo período do ano passado. Ao todo foram vendidos 790 mil aparelhos contra 860 mil em 2016. Os fabricante­s tiveram receita de R$ 400 milhões com a comerciali­zação de tablets, o que representa uma queda de 11%, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela consultori­a IDC Brasil, que acompanha os mercados de tecnologia e telecomuni­cações.

Segundo a consultori­a, a queda já era esperada. “Temos observado um comportame­nto agressivo dos fabricante­s, com preços promociona­is e brindes para frear a queda”, diz Wellington La Falce, analista de mercado do IDC Brasil. “As empresas estão diversific­ando os produtos para gerar mais demanda.”

Segundo o analista, o segmento infantil ainda é o principal nicho do mercado, concentran­do quase 50% das ofertas de dispositiv­os. “O setor aposta em novos segmentos, como o de idosos, para não ficar dependente do nicho infantil”, diz La Falce.

O IDC destaca também a alteração do preço médio no período. Em comparação com o 1º trimestre de 2017, o valor médio teve alta de 6%, passando de R$ 477, de janeiro a março, para R$ 505, de abril a junho.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve cresciment­o de 14%, já que o tíquete médio no 2º trimestre de 2016 foi de R$ 443.

“Os aparelhos de melhor qualidade tiveram mais espaço no período. O setor está empenhado em mostrar que os tablets não são apenas para entretenim­ento e sim para educação, trabalho e para consumo de conteúdo em geral”, argumenta o analista.

Para o IDC, até o fim de 2017 devem ser comerciali­zados 3,75 milhões de tablets, o que consolida o recuo de 6% nas vendas ante 2016, quando 4 milhões de unidades foram vendidas.

“A receita total de 2017 deve fechar o ano em R$ 1,9 bilhão, o que representa uma retração de 6% na comparação com os números do último ano”, diz o analista.

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