O Estado de S. Paulo

3TREM NA SERRA DO MAR

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Curitiba é, cada vez mais, a capital onde o apito do trem resiste e se reinventa no turismo. Além do clássico (e imperdível) trajeto sobre trilhos até Morretes, operado pela Serra Verde Express, acidade acaba de ganhar outros dois passeios, o Expresso Classique e o Trilhos e Estrelas, lançados este ano em comemoraçã­o aos 20 anos da operadora.

O Expresso Classique revive o glamour da década de 1930, fazendo um roteiro noturno dentro da própria cidade. O jantar, seu ponto alto, é servido dentro do trem, que também conta com música ao vivo, dança e charutaria (R$ 279; bit.ly/expressocl­assique). Já o Trilhos e Estrelas terá sua primeira edição no dia 30 de setembro elevará os turistas de Curitiba a Morretes num trem de categoria turística, sempre coma participaç­ão especial de um artista na viagem– a primeira convidada será a cantora ey outu ber Sofia Oliveira. O pacote inclui almoço e show do artista em Morretes, comretorno rodov iá rioà capital( desde R $390 a inteira; bit.ly/trilhosest­relas).

Mata Atlântica. O clássico passeio de trem até Morretes dura um dia inteiro e pode ser feito de muitas formas. A primeira delas é a bordo de vagões simples, com passagens para qualquer dia da semana, ida e volta ou só um dos trechos – os valores por trecho começam em R$ 99 (adulto). Também nos vagões mais simples é possível comprar o combo que dá direito a serviço de bordo e city tour por Morretes (incluindo almoço) e por Antonina, outra cidadezinh­a charmosa na costa do Paraná. Neste caso, há as opções classe turística, classe executiva e litorinas – desde R$ 269 adultos (crianças e idosos têm desconto).

Cometemos o pecado da luxúria e embarcamos em uma das litorinas, o que valeu muitíssimo a pena, apesar do preço salgado. São duas opções, a Litorina Luxo e a Litorina Curitiba. Ambas saem aos fins de semana e feriados, mas têm configuraç­ões diferentes dentro dos vagões, dando mais ou menos privacidad­e.

A Litorina Luxo tem vagões com decoração inspiradas na Mata Atlântica (batizada de Foz) ou nas calçadas cariocas (a Copacabana), com poltronas e sofás estofados que, de tão confortáve­is, fazem as três horas de viagem passarem muito rápido – se bem que a paisagem vista das janelas panorâmica­s é tão bonita que isso definitiva­mente não é um problema. Já a Litorina Curitiba tem assentos dispostos da forma tradiciona­l, e não em lounges, o que a torna R$ 40 mais em conta, em média, por pessoa.

O serviço de bordo das litorinas é outro destaque: o café da manhã é servido assim que o trem começa a andar, bem quentinho, e as bebidas – dá para escolher entre refrigeran­te, café, cerveja e espumante – são servidas durante toda viagem, sem limites. Além disso, há sempre uma guia bilíngue dando informaçõe­s históricas sobre a região.

É possível comprar passagem por trecho ou o pacote que dá direito ao city tour por Morretes (incluindo almoço no restaurant­e da Serra Verde, que serve o tradiciona­l barreado) e por Antonina. Também inclui transfer do hotel na ida e na volta, feito numa van pela Estrada da Graciosa no fim da tarde (R$ 399 a Litorina Curitiba e R$ 439 a Litorina Luxo, com descontos para idosos e crianças).

Em Morretes, aproveite para visitar diversas lojas de artesanato, restaurant­es, sorveteria­s e cafés. Entre eles, chamou a atenção um espaço verde e gracioso batizado Bistrô da Vila, que vale a parada, no mínimo, pelo cafezinho, que pinga direto do coador. Já em Antonina, passe pela Igreja Nossa Senhora do Pilar, de onde se tem uma bela vista da cidade, e preste atenção às fachadas de algumas construçõe­s, com plaquinhas com letras de música.

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ARYANE CARARO/ESTADÃO Paisagem. Estrada de ferro percorre trecho bem preservado de Mata Atlântica

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