Paulistas eliminados
Desfalcado, time joga mal, acaba batido pelo Barcelona por 1 a 0 e, além da invencibilidade, dá adeus ao torneio
Pela Libertadores, o Santos foi eliminado em casa. Na Sul-Americana, o Racing barrou o Corinthians.
O Santos decepcionou, se tornou mais um brasileiro a sucumbir diante do Barcelona de Guayaquil e está eliminado da Libertadores. Diante de sua torcida na Vila Belmiro e com a vantagem de ter empatado por 1 a 1 no Equador, o time alvinegro foi dominado pelo adversário, sentiu demais os desfalques e caiu com a derrota por 1 a 0.
A eliminação revoltou os torcedores santistas. Após o jogo, houve tentativa de invasão do vestiário e a PM teve de recorrer a bombas de efeito moral para controlar a situação. Na rua também teve tumulto, controlado com intervenção policial.
Para o Santos, a primeira derrota em toda a campanha da Libertadores foi fatal. Sem Victor Ferraz, Renato e Lucas Lima, o técnico Levir Culpi optou por um sistema que chamou de- mais o adversário.
De tanto insistir, o Barcelona chegou ao gol no segundo tempo com Jonathan Álvez. E nem quando o atacante equatoriano foi expulso, logo depois, o Santos conseguiu incomodar o rival o suficiente para chegar pelo menos ao empate.
Melhor para o Barcelona, que depois de passar pelo Palmeiras no Allianz Parque, voltou a eliminar um brasileiro na casa do adversário. Agora, os equatorianos terão outro rival do País pela frente. Encaram nas semifinais o Grêmio, que venceu o Botafogo em Porto Alegre por 1 a 0, gol de Barrios. A ida acontecerá em Guayaquil e a volta, em Porto Alegre.
Levir entrou em campo com Daniel Guedes, Leandro Donizete e Vecchio como titulares. Não deu certo. O time ficou sem criatividade e chamou demais o Barcelona para seu próprio campo. Os primeiros quatro chutes a gol foram dos equatorianos. O quarto, aos 14 minutos, de Oyola, deu muito trabalho a Vanderlei para mandar para escanteio.
Na primeira finalização, o Santos quase marca. Vecchio cobrou falta pela direita e David Braz chegou sozinho quase na pequena área para cabecear. Com Banguera vencido, a bola explodiu no travessão.
Só que o Barcelona seguiu superior e só não criou mais oportunidades porque errou muito quando estava próximo à área. Alison e Leandro Donizete não encontravam Damian Díaz, que encontrava muito espaço para conduzir os equatorianos, assim como Marcos Caicedo nas costas de Daniel Guedes.
O cenário não se alterou no segundo tempo: os visitantes continuavam com a posse, enquanto o Santos tinha o contraataque como principal arma. Aos 12 minutos, a primeira chegada do Barcelona. Ayovi, que havia acabado de entrar, fez grande jogada pela direita e cru- zou. A bola passou por todo mundo, mas Oyola ficou com a sobra e jogou por cima.
O Santos insistia em um jogo perigoso, pois chamava demais o adversário para seu campo. Até que aos 22 minutos, um cruzamento da esquerda, de Erick Castillo, encontrou no meio da área Jonathan Álvez. O atacante, autor do gol do Barcelona na ida, voltou a levar a melhor so- bre os zagueiros e desviou de cabeça para a rede.
Dois minutos depois, Álvez foi expulso, pois o árbitro considerou que ele acertou propositalmente o rosto de Alison com o braço. Levir colocou Kayke na vaga de Leandro Donizete e pôs o Santos todo para frente.
A torcida empurrou, o Santos ganhou o campo de ataque, mas pegou pela falta criatividade.