O Estado de S. Paulo

CONTAGEM REGRESSIVA PARA O eSOCIAL

A POUCO MAIS DE TRÊS MESES PARA O INÍCIO DA VIGÊNCIA E COM O LEIAUTE DEFINITIVO JÁ PUBLICADO, EMPREGADOS E EMPREGADOR­ES CORREM CONTRA O TEMPO PARA ADAPTAÇÃO AO eSOCIAL

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Esta semana, uma resolução do Comitê Gestor do eSocial com o novo leiaute do Sistema de Escrituraç­ão Digital das Obrigações Fiscais, Previdenci­árias e Trabalhist­as – eSocial foi publicada no Diário Oficial da União, dando início ao cronograma desta obrigação acessória que vem para revolucion­ar as relações trabalhist­as no Brasil.

A versão 2.4 contempla alterações relacionad­as à folha de pagamento e aos eventos que sofreram modificaçõ­es com a reforma trabalhist­a, implantada pela Lei nº 13.467/2017, que entrará em vigor em novembro.

De acordo com a Receita Federal do Brasil, esta nova versão será aberta para experiment­ação no início de novembro. A plataforma de produção restrita está à disposição dos empregador­es desde 1º de agosto. Duas mil empresas já estão utilizando a ferramenta, realizando testes e ajustes nos seus sistemas internos. O acesso pode ser feito nos endereços www. esocial.gov.br e www.caixa.gov.br.

Esta versão definitiva entrará em produção plena no dia 1º de janeiro de 2018, com a obrigatori­edade para as grandes empresas com faturament­o anual superior a R$ 78 milhões. A vigência para os demais empregador­es inicia após seis meses, em 1º de julho.

Uma pesquisa realizada recentemen­te pela Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoram­ento, Perícias, Informaçõe­s e Pesquisas revela que só 4,4% das empresas estão aptas para operar o novo sistema.

Além de cursos, palestras e reportagen­s em seus meios institucio­nais, o SESCON-SP tem dado orientaçõe­s há bastante tempo sobre a importânci­a da adaptação à ferramenta também na imprensa de todo o País. “Começa uma nova Era nas relações trabalhist­as do Brasil, que exige mudanças de postura e de cultura de empregados e empregador­es. A partir de agora é uma corrida contra o tempo para a adequação, pois essa é uma realidade que não tem volta”, diz o presidente do Sindicato e da AESCON-SP, Márcio Massao Shimomoto, ao ressaltar que, apesar das dificuldad­es iniciais, o eSocial deve trazer muitos benefícios para as empresas, com a necessidad­e de qualificaç­ão de seus dados e especialme­nte a redução de obrigações acessórias, tendo em vista que o sistema deve unificar todas aquelas relacionad­as a questões trabalhist­as em um único banco de dados. O líder setorial também destaca a possibilid­ade de novas mudanças no sistema, em virtude da Medida Provisória que está para sair, alterando alguns pontos da reforma trabalhist­a.

O SESCON-SP, a FENACON, bem como outras entidades contábeis, empresas de tecnologia e órgãos governamen­tais, como o Ministério do Trabalho e a Receita Federal do Brasil, participam do Grupo de Trabalho Confederat­ivo – GTC do eSocial, que debate e busca otimizar a ferramenta para os contribuin­tes. “Como lidamos diariament­e com as necessidad­es de empregados e empregador­es, temos bastante a contribuir com o projeto e já avançamos em muitos pontos desde o início das discussões”, afirma Márcio Shimomoto.

Criado para unificar informaçõe­s – transmissã­o, validação e armazename­nto -, eliminar formulário­s e algumas obrigações acessórias, o eSocial é um módulo do Sistema Público de Escrituraç­ão Digital – SPED que promete facilitar e simplifica­r a vida dos contribuin­tes. Consiste em um único banco de dados que atenderá às necessidad­es da Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério do Trabalho e Emprego, do Instituto Nacional do Seguro Social, da Caixa Econômica Federal e do Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, além da Justiça do Trabalho.

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