O Estado de S. Paulo

Maia minimiza atrito com PMDB

- / EDUARDO LAGUNA, CAIO RINALDI e VERA ROSA

Presidente da Câmara afirmou que o assédio do PMDB a parlamenta­res que vinham negociando com o DEM “é um problema, mas será resolvido”.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou ontem na convenção do Solidaried­ade em São Paulo que o assédio do PMDB a políticos que vinham negociando com seu partido, o DEM, “é um problema, mas será resolvido”. Ele reiterou que a segunda denúncia contra o pre- sidente Michel Temer, enviada à Câmara, seguirá o mesmo rito da primeira.

Anteontem, Maia cobrou mais respeito do Planalto e criticou as manobras do PMDB: “aliados não podem ficar levando facadas nas costas”.

Segundo o presidente da Câ- mara, ele e Temer ainda não conversara­m sobre o que considerou um avanço do PMDB sobre deputados que o DEM vinha negociando. Recentemen­te, o partido de Temer conseguiu atrair o senador Fernando Bezerra Coelho (ex-PSB). E pelo menos outros seis deputados do partido, que estavam em negociação para migrar para o DEM, foram procurados pela cúpula peemedebis­ta.

Ontem, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, chamou de “far- santes” os parlamenta­res do partido que estão migrando para o DEM e para o PMDB. “Parlamenta­res socialista­s jamais cogitariam ir para o DEM ou para o PMDB, nas condições em se encontra, para apoiar o governo de um cidadão chamado Michel Temer”, afirmou Siqueira.

Em tom de ironia, o presidente do PSB disse ser “natural” que as pessoas se aproximem de quem têm mais afinidade.

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